
Crédito, Ronen Zvulun/Reuters
Khalil al-Hayya, importante figura do Hamas, afirmou nesta quinta-feira (9/10) ter recebido garantias dos Estados Unidos e de mediadores envolvidos nas negociações de paz com Israel de que “a guerra terminou completamente”.
Em sua declaração, Hayya disse que o acordo inclui um “cessar-fogo permanente”, a retirada das tropas israelenses, a entrada de ajuda humanitária e a reabertura da passagem de Rafah.
Hayya também falou sobre a “troca de prisioneiros” prevista no acordo, que, segundo ele, resultará na prisão perpétua de 250 pessoas e na libertação de 1.700 detidos de Gaza, presos após 7 de outubro, juntamente com todas as mulheres e crianças.
Ele acrescentou que o Hamas está concluindo as etapas restantes do acordo.
O governo israelense, no entanto, ainda não confirmou o acordo de cessar-fogo, e tanto Israel quanto os EUA ainda não comentaram a declaração do Hamas.
Na quarta-feira (8/10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia anunciado a aprovação do “primeiro estágio de um acordo de paz entre Israel e o Hamas” para Gaza que poderia levar ao fim do conflito na região.
O anúncio ocorreu dois anos e dois dias após Israel lançar uma ofensiva militar na Faixa de Gaza em resposta ao ataque de 7 de outubro de 2023, quando homens armados liderados pelo Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram outras 251 reféns.
Desde então, mais de 67 mil pessoas foram mortas nas operações militares israelenses em Gaza, incluindo cerca de 20 mil crianças, segundo o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou o momento como “um grande dia para Israel” e disse que seu governo se reuniria nesta quinta para aprovar o acordo e “trazer todos os nossos queridos reféns de volta para casa”.
Ao confirmar o anúncio, o Hamas declarou que o pacto “encerra a guerra em Gaza, garante a retirada completa das forças de ocupação, permite a entrada de ajuda humanitária e estabelece uma troca de prisioneiros”.
Trump deve visitar Israel e o Egito no fim de semana, como parte de uma viagem ao Oriente Médio.
Fora do Oriente Médio, líderes europeus e árabes estão se reunindo em Paris para discutir como podem apoiar o fim da guerra. A Secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, afirmou que não pode haver papel para o Hamas em Gaza.
Esta reportagem está em atualização.

Crédito, Al-Qahera News/Reuters
Fonte.:BBC NEWS BRASIL