Três autoridades sul-coreanas se reuniram em Washington com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, para negociações comerciais, informou Seul nesta quarta-feira (30), com líderes empresariais também viajando para ajudar a fazer lobby por um acordo sobre as tarifas dos EUA.
O ministro das Finanças da Coreia do Sul, Koo Yun-cheol, juntou-se aos ministros da Indústria, Kim Jung-kwan, e do Comércio, Yeo Han-koo, que estão em Washington desde a semana passada, para duas horas de conversas com Lutnick, disse um porta-voz do ministério em Seul.
O porta-voz do Ministério das Finanças não forneceu detalhes sobre as discussões. O presidente dos EUA, Donald Trump, estabeleceu o prazo de 1º de agosto para que tarifas de 25% entrem em vigor contra a Coreia do Sul, um importante aliado dos EUA e grande exportador de chips, carros e aço.
O governo sul-coreano está negociando com os EUA “estabelecendo um pacote que se concentra nas áreas em que a Coreia do Sul e os EUA podem alcançar resultados mutuamente benéficos na medida em que podemos suportá-los”, disse o gabinete presidencial em um comunicado.
Koo, que chegou a Washington na terça-feira, disse que espera convencer os Estados Unidos de que o pacote de comércio e as ofertas relacionadas de cooperação industrial, inclusive na construção naval, são para o benefício mútuo dos aliados.
Koo também planeja se reunir com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante a visita.
Os chefes de algumas das maiores empresas globais da Coreia do Sul estavam indo para Washington para dar apoio aos negociadores do governo, segundo a mídia.
O presidente do Hyundai Motor Group, Euisun Chung, estaria partindo para Washington nesta quarta-feira.
O presidente da Samsung Electronics, Jay Y. Lee, e o vice-presidente do Hanwha Group, Kim Dong-kwan, cuja afiliada Hanwha Ocean revelou um grande plano de investimento nos Estados Unidos, também estavam em Washington.
A Hyundai Motor, que, juntamente com sua afiliada Kia Corp é a terceira maior montadora do mundo, sofrerá um impacto significativo na ausência de uma isenção ou redução de 25% nas tarifas de importação de carros, já que os EUA são um importante destino de exportação.
Fonte: CNN Brasil