9:36 AM
2 de dezembro de 2025

CPMI prende ex-coordenador do INSS após 9 horas de depoimento

CPMI prende ex-coordenador do INSS após 9 horas de depoimento

PUBLICIDADE


O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou, no início da madrugada desta terça-feira, 2, a prisão em flagrante de Jucimar Fonseca da Silva, que chefiou as áreas de Pagamento de Benefício e de Consignação da autarquia.

A medida foi tomada após uma sessão que começou na tarde do dia anterior e durou cerca de 9 horas.

“Senhor Jucimar, por ter dito aqui que não foi convocado corretamente e por não ter dado as datas corretas que o relator lhe perguntou sobre os ACTs (acordos de cooperação técnicas), o senhor está preso por calar a verdade”, anunciou Viana, ao fim do depoimento.

Por ordem do presidente da CPMI, a Polícia Legislativa conduziu o investigado para lavratura do flagrante.

Jucimar é investigado no âmbito da operação Sem Desconto, da Polícia Federal, por ter autorizado o processamento dos descontos associativos e de crédito consignado em folha mesmo em situações que apresentavam indícios de irregularidades.

Ele também assinou nota técnica que autorizou o desbloqueio em lote de descontos associativos a pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), uma das entidades envolvidas no esquema.

Em seu depoimento, Fonseca da Silva buscou se distanciar das irregularidades e afirmou que não tinha ciência delas quando tomou decisões.

“Eu era um coordenador-geral. Eu estava sob a autoridade hierárquica do Diretor de Benefícios, do Presidente do INSS. Portanto, eu não tinha poder decisório sobre essas questões que estão sendo apontadas pela CPMI\”, alegou.

Jucimar foi convocado a depor à CPMI do INSS para explicar o porquê da liberação de descontos em massa na folha de pagamento de aposentados e pensionistas, mesmo diante de pareceres contrários.

Ele havia se negado a comparecer em duas convocações anteriores. Desta vez, foi localizado pela Polícia Legislativa do Senado em local próximo a Manaus e conduzido coercitivamente até o Congresso, em Brasília.

Em entrevista concedida após o fim dos trabalhos, nesta madrugada, Carlos Viana disse que o ex-coordenador do INSS foi avisado de que o comparecimento à CPMI era obrigatório e de que não poderia alegar motivos médicos para ausência sem ser submetido a perícia.

O presidente afirmou ainda que Jucimar sustentou, ao longo do depoimento, que só a partir de 2023 passou a emitir pareceres técnicos sobre acordos de cooperação técnica. Segundo Viana, já está comprovado que ele fazia essa ação desde 2021.

“O tempo da paciência com quem vem mentindo à CPMI acabou”, declarou Carlos Viana.

O presidente da CPMI do INSS disse que pedirá a prorrogação dos trabalhos do colegiado até maio de 2026. O prazo final até agora está previsto para março.

Vítima do ‘Calvo do Campari’ sofreu mais de 10 lesões, afirma advogada

Mulher que acusa Thiago Schutz de agressão passou por exame de corpo de delito que identificou mais de dez lesões, segundo a defesa. A advogada afirma que a violência ocorreu durante uma tentativa de estupro e que o vídeo entregue à polícia reforça o relato da vítima.

Notícias ao Minuto | 07:25 – 02/12/2025



Fonte. .Noticias ao Minuto

Leia mais

Rolar para cima