8:15 AM
22 de dezembro de 2025

CRM requer esclarecimentos sobre possível envolvimento de médicos e avaliar abertura de processo ético-disciplinar

CRM requer esclarecimentos sobre possível envolvimento de médicos e avaliar abertura de processo ético-disciplinar

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O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informou que solicitou à Polícia Civil, nesta terça-feira (05), detalhes sobre a Operação Fio de Aço, que investiga um suposto esquema criminoso voltado ao direcionamento de contratações e compras de equipamentos médicos com recursos públicos.

O pedido foi formalizado por meio de ofício encaminhado à instituição, com o objetivo de esclarecer se há médicos entre os investigados e quais documentos embasam as apurações.

Segundo o CRM, as informações são fundamentais para a instauração de sindicância e, se necessário, a abertura de processo ético-disciplinar.

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A operação foi deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso, na manhã de 4 de novembro de 2025, com o cumprimento de aproximadamente 14 mandados de busca e apreensão em sedes de empresas investigadas e residências de suspeitos.

As investigações são conduzidas pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR) e tiveram início a partir de denúncia encaminhada pelo Judiciário, após identificação de orçamentos suspeitos em processos judiciais de custeio de procedimentos médicos com recursos públicos.

Em um dos casos analisados, um procedimento estimado em R$ 16 mil foi orçado em mais de R$ 144 mil — um superfaturamento que ultrapassa 800. A estimativa inicial de prejuízo aos cofres públicos varia entre R$ 8 milhões ou mais.

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou a operação em 4 de novembro de 2025 para investigar um esquema que simulava concorrência entre empresas para direcionar contratações de procedimentos médicos custeados com recursos públicos.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em sedes de empresas investigadas e residências dos suspeitos, nos municípios de Cuiabá e Várzea Grande.

Empresas citadas no inquérito incluem: Contectmed, Rondelo, Uromed e L.A. Serviços.

Foram identificados médicos entre os alvos — por exemplo, dois profissionais residentes no condomínio Florais dos Lagos, em Cuiabá, tiveram mandados cumpridos em suas residências.

Medidas cautelares já decretadas:

Bloqueio de bens, sequestro de imóveis e veículos vinculados às pessoas jurídicas e seus sócios.

Proibição de contratar com a administração pública (federal, estadual ou municipal) para as empresas investigadas e seus representantes.

Medidas restritivas com relação a afastamento de comarca, entrega de passaportes, e proibição de contato entre investigados ou com testemunhas e servidores públicos.

Nomes dos investigados: 

  • Anderson Leôncio de Oliveira Araújo: empresário, dono da empresa Contactmed Assistência Médica, apontado como o líder do esquema.
  • Gustavo Rondelo Duarte e Ticiany Fátima de Souza Duarte: sócios da empresa Rondelo Medicina e Saúde, investigados por participação no esquema.
  • Carlos Evaristo Metello Costa e Silva: médico e sócio da empresa Uromed Serviços Médicos Ltda.
  • Aritony de Alencar Menezes: médico urologista e sócio da empresa L.A. Serviços Médicos Ltda

Valores estimados de prejuízo público:

O esquema chegou a superfaturar procedimentos em até 900% — por exemplo, um procedimento que custaria ~R$ 16 mil foi orçado em ~R$ 144 mil.

  • O bloqueio inicial de bens foi determinado em torno de R$ 388.650,00 com base em cinco processos.
  • O prejuízo estimado total pode chegar a R$ 8,2 milhões.

Cronograma da investigação

A denúncia que motivou a operação chegou via Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania da Saúde Pública (Cejusc), que identificou orçamentos suspeitos em processos judiciais de custeio de procedimentos médicos.

A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou a Operação Fio de Aço na manhã do dia 4 de novembro de 2025, cumprindo 14 mandados de busca e apreensão nas sedes das empresas investigadas e nas residências dos envolvidos.

O nome da operação — “Fio de Aço” — reflete tanto o material de uso cirúrgico quanto a metáfora de empresas “presas” por um fio metálico comum, parte da estrutura fraudulenta.

Novas diligências, bloqueios de bens, sequestros de imóveis, proibição de contratar com o público e outras medidas cautelares já foram decretadas.

Confira a nota na íntegra:

Nota à Imprensa

O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso informa que solicitou à Polícia Civil, nesta terça-feira (05.11), informações a respeito das investigações relacionadas à Operação Fio de Aço, que apura um suposto esquema criminoso criado para direcionar contratações e aquisições de equipamentos médicos custeados com recursos públicos.

O ofício encaminhado visa esclarecer a existência ou não de médicos entre os investigados e quais os documentos que embasam a investigação. Tais informações são necessárias para que haja a instauração de uma sindicância e, se for o caso, abertura de um Processo Ético-Disciplinar.

A Operação Fio de Aço, deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso, investiga um suposto esquema de corrupção e fraude em licitações envolvendo contratos e aquisições de insumos hospitalares financiados com verbas públicas. O inquérito segue sob sigilo.





Fonte.: MT MAIS

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