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24 de outubro de 2025

Delegada alerta que ‘falsos boatos’ prejudicam as investigações e reafirma que o caso será apurado com rigor técnico

Delegada alerta que ‘falsos boatos’ prejudicam as investigações e reafirma que o caso será apurado com rigor técnico

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A delegada Jéssica Assis, titular da Delegacia da Mulher de Várzea Grande (DEDM-VG), desmentiu nesta quinta-feira (22), a veracidade de áudios que circulam nas redes sociais sobre o caso da jovem de 21 anos que denunciou ter sido estuprada pelo motociclista de aplicativo Daferson da Silva Nunes, de 34 anos. Ela também criticou a exposição indevida da vítima e o compartilhamento de informações falsas que, segundo ela, atrapalham o andamento das investigações. (Confira o vídeo no final desta matéria). 

Em entrevista, Jéssica esclareceu que os áudios — que tentavam descredibilizar o relato da vítima e levantar dúvidas sobre o crime — são falsos. “Não é verdade que a vítima tenha desmentido a versão ou tenha sido procurada e ameaçada após o ocorrido. Ela mantém o relato inicial e segue sob a proteção de familiares”, afirmou a delegada.

A policial destacou ainda o impacto que a desinformação e o sensacionalismo digital têm em casos sensíveis como esse. “Expor uma mulher dessa maneira, sugerindo que ela está mentindo sem qualquer embasamento, é extremamente injusto. Precisamos de tempo para trabalhar, para garantir a segurança e o acolhimento que ela merece”, declarou.

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De acordo com Jéssica Assis, o trabalho da Polícia Civil é conduzido com base em critérios técnicos e científicos, e não sob pressão das redes sociais. “Não podemos agir de forma precipitada, guiados por pressões de Instagram ou Facebook. A investigação deve ser conduzida com responsabilidade e provas concretas”, reforçou.

A jovem recebeu acolhimento imediato na Delegacia da Mulher e teve uma medida protetiva de urgência solicitada assim que o caso foi registrado. O pedido, segundo a delegada, foi feito para resguardar a segurança da vítima, uma vez que o acusado conhecia o trajeto da residência dela. “O que ela mais precisa agora é de paz — e o que a polícia precisa é de espaço para trabalhar e concluir o inquérito com seriedade”, concluiu.

O caso

A vítima, de 21 anos, relatou ter sido estuprada pelo motociclista de aplicativo Daferson da Silva Nunes na noite de segunda-feira (20), em Várzea Grande. Segundo o boletim de ocorrência, o condutor teria parado em um local isolado durante a corrida e cometido o crime.

Dois dias depois, na manhã de quarta-feira (22), Daferson foi encontrado morto em uma estrada na região do Sucuri, em Cuiabá. O corpo apresentava marcas de tiros e estava com as mãos e pés amarrados. Conforme as investigações, a execução teria sido ordenada por uma facção criminosa.

A Polícia Civil segue investigando tanto o crime de violência sexual quanto a morte do suspeito, tratando os dois casos de forma independente.





Fonte.: MT MAIS

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