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1 de novembro de 2025

Delegado atingido em operação tem perna amputada. 3 policiais seguem em estado grave

Delegado atingido em operação tem perna amputada. 3 policiais seguem em estado grave

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Um delegado que participou da megaoperação realizada na última terça-feira (28), na zona norte do Rio de Janeiro, teve a perna amputada após ser baleado durante a ofensiva policial. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (31), com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, e o secretário de Segurança, Victor Santos.

“Um delegado perdeu a perna, e três colegas estão em estado grave, em estado crítico”, disse Santos ao comentar a situação dos policiais feridos na operação. Ele não forneceu mais detalhes sobre o estado de saúde e a identidade dos agentes. Procurada, a Polícia Civil afirmou que não tem autorização para divulgar informações adicionais sobre os envolvidos.

O delegado que teve a perna amputada é Bernardo Leal Annes Dias. Colegas e amigos do agente usaram as redes sociais para prestar apoio e uma campanha de doação de sangue foi iniciada para auxiliar no tratamento médico.

“Vamos ajudar o Bernardo! Ele foi um dia meu aluno e hoje é delegado de polícia. Lutando por nós, pela segurança do nosso Estado, foi atingido”, escreveu a promotora de Justiça e professora de direito penal, Claudia Barros, em uma publicação no Instagram.

O também delegado André Neves, diretor do Departamento Geral de Polícia, postou uma foto ao lado de Bernardo e escreveu uma mensagem de apoio: “Você vai sair gigante dessa batalha. Sua força e coragem representam o melhor da nossa Polícia Civil.”

Batizada de Operação Contenção, a ação policial ocorreu nos complexos da Penha e do Alemão e teve como alvo lideranças do Comando Vermelho. Ao menos 121 pessoas morreram, entre elas quatro policiais — dois civis e dois militares.

Segundo o coronel Marcelo de Menezes, da PM, outros 12 agentes ficaram feridos. De acordo com ele, os criminosos reagiram às incursões policiais com disparos de fuzil e até o lançamento de granadas por drones.

Os policiais mortos foram identificados como Heber Carvalho da Fonseca, sargento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), atingido durante o confronto e levado ao Hospital Getúlio Vargas, onde não resistiu; Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, também sargento do Bope; e os policiais civis Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, de 51 anos, e Rodrigo Velloso Cabral, de 34.

Segundo as autoridades de segurança do governo do Rio de Janeiro, os outros 117 mortos tinham ligação com o crime organizado e o tráfico de drogas. No total, a operação resultou em 113 prisões e na apreensão de 91 fuzis.

Ainda conforme a polícia, entre os 99 mortos já identificados, 42 possuíam mandados de prisão pendentes e 78 tinham extenso histórico criminal. Todos os corpos foram periciados e, até a última atualização, 89 haviam sido liberados para os familiares.

Polícia do Rio cumpriu 20 dos 100 mandados de prisão da Operação Contenção

Os outros 80 alvos da ação podem ter sido mortos ou não foram encontrados; levantamento feito a partir de documento da operação mostra que ao menos 6 suspeitos foram mortos

Folhapress | 07:55 – 01/11/2025



Fonte. .Noticias ao Minuto

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