7:47 PM
10 de setembro de 2025

Delegado revela que mesmo com WT preso, organização criminosa segue ativa em Mato Grosso

Delegado revela que mesmo com WT preso, organização criminosa segue ativa em Mato Grosso

PUBLICIDADE


A manhã desta quarta-feira (10) foi marcada por mais um duro golpe contra o crime organizado em Mato Grosso. A Polícia Civil deflagrou a Operação Tempo Extra, que mira um esquema milionário de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico. Entre os alvos, está Paulo Henrique Paelo, filho de Paulo Winter Farias Paelo, o W.T, tesoureiro do Comando Vermelho.

Outro alvo, Wemerson Ferreira Lima, o Gordinho, acabou preso em flagrante ao tentar atrapalhar os investigadores. Durante as buscas, ele jogou o celular em uma casa vizinha para esconder provas, mas foi surpreendido pela equipe policial. O aparelho foi recuperado e Gordinho levado preso.

Entre no nosso grupo do WhatsApp e siga-nos também no Instagram e acompanhe nossas atualizações em tempo real.

Além deles, também tiveram mandados cumpridos Elvis Elismar de Arruda, Erison Oliveira Silveira, Tayrone Junior Fernandes de Souza e Andrews Nicolas Marques dos Santos.

De acordo com a investigação, o grupo movimentou mais de R$ 65 milhões em lavagem de dinheiro. O esquema já havia sido alvo da Operação Apito Final, deflagrada em abril, quando W.T foi preso.

Nesta fase, o foco principal é Joseph Ibrahim Khargy Junior, apontado como sucessor de W.T no comando das atividades criminosas.

O delegado responsável pelo caso explicou a importância da ação: “Estamos falando de uma organização criminosa que movimentou milhões para sustentar o tráfico. Mesmo com a prisão do W.T, outros integrantes assumiram o esquema. Nosso objetivo é cortar essa linha de sucessão e atingir o coração financeiro da facção”, disse.

Ele reforçou que a estratégia vai além das prisões: “Não basta prender os membros. É preciso sufocar o poder econômico deles. Só assim conseguimos enfraquecer de fato o Comando Vermelho”, destacou o delegado.

Em relação à estrutura anterior, o delegado Rodrigo Azem, titular da Draco e responsável pelo caso explicou que os principais alvos já haviam sido investigados na operação anterior e que poucas substituições foram feitas.

“Há uma reestruturação, alguns membros mantidos, outros substituem, mas continua com aquela estabilidade permanente de organização criminosa”, explicou.

A Polícia Civil já adiantou que a investigação continua e novas operações podem acontecer nos próximos meses.

A operação é considerada uma extensão direta da Operação Apito Final, já que os alvos de ambas as operações são praticamente os mesmos, o que reforça a tese de continuidade das atividades criminosas por parte do grupo.

A nova ofensiva busca desarticular a organização criminosa, asfixiando financeiramente o grupo, impedindo que ele se reestruture e retome o controle de áreas estratégicas para o tráfico e a lavagem de capitais.

Ao todo, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva, dez mandados de busca e apreensão, três ordens de sequestro de veículos, uma suspensão de atividade econômica e bloqueios judiciais no valor de R$ 1 milhão em contas bancárias. Diversos itens de luxo foram apreendidos, como peças de grifes como Gucci, Diesel e Chanel, além de joias.





Fonte.: MT MAIS

Leia mais

Rolar para cima