Com o objetivo de debater a redução das emissões de gases do efeito estufa, o Espaço Sebrae na COP-30, localizado na green zone, promoveu um painel intitulado “Política de Descarbonização”, nesta quarta-feira (12), em Belém/PA. Para contribuir com o avanço da temática, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT), por meio do Centro Sebrae de Sustentabilidade, desenvolve um documento que irá nortear as ações da instituição na adoção de medidas que neutralizem a emissão de carbono e que servirá de referência para o Sistema Sebrae nas 27 unidades federativas.

Para o diretor Técnico do Sebrae/MT, André Schelini, o instrumento será estratégico e servirá de apoio para práticas sustentáveis ligadas não só aos pequenos negócios, mas a todos os setores da economia e órgãos públicos. “O Sebrae tem como foco os pequenos negócios, mas também fazemos conexões corporativas com médias e grandes empresas, além de parcerias com governos, instituições e universidades. Esse é um compromisso com o futuro do planeta e com a sustentabilidade dos negócios locais. Queremos inspirar o setor produtivo e o poder público a adotarem práticas conscientes e inovadoras”, destacou.
Atualmente, o principal desafio para a descarbonização das atividades produtivas é o escopo 3 do Protocolo GHG (Greenhouse Gas Protocol), que trata sobre emissões indiretas. Mesmo com a dificuldade para neutraliza-la, ela é a mais importante “pois representa toda a cadeia de valor de uma empresa, incluindo a atividade como compras de matérias-primas, transporte e logística, viagens de negócios, descarte de resíduos e a utilização de produtos por clientes”, explica o diretor.
Para a especialista em financiamento climático, Linda Murasawa, o Sebrae Mato Grosso é referência em descarbonização no país.
“O Centro Sebrae de Sustentabilidade já atende os pré-requisitos e faz os cálculos de emissões de carbono em suas ações e atividades, bem como já faz a compensação. A necessidade de estabelecimento dessa política com linhas objetivas que também servirão para apoiar o estado de Mato Grosso, que é referência em desenvolvimento sustentável no país, mas muitos setores ainda carecem de adotar práticas de neutralização de emissões para alcançarmos a economia de baixo carbono”, enfatiza.
Painéis temáticos
O Sebrae/MT também participou de outros dois painéis: “Pró-Catadores: Serviços Ambientais e Inclusão Socioprodutiva” e “Desenvolvimento Territorial e Ação Climática”. Em Mato Grosso, a instituição atua com cooperativas, catadores e prefeituras em 10 cidades do estado. Para Schelini, o reconhecimento desses profissionais ainda é desigual. “Quando se fala em economia circular, é impossível ignorar quem já faz circular o país inteiro com seu trabalho. Nosso desafio é transformar reconhecimento em política e política em oportunidade real”.
Fonte Agencia Sebrae

