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A diretora de Assuntos Corporativos, Regulatórios e de Sustentabilidade da Latam Brasil, Maria Elisa Curcio, criticou a falta de espaço para mulheres na aviação. Para exemplificar como o setor ainda é dominado por homens, Curcio declarou que muitas escolas para formação de pilotos ainda não disponibilizam banheiros femininos.

“É um ambiente ainda bastante masculino. Não é incomum saber que não existe banheiro feminino nas escolas de formação”, declarou a executiva na segunda-feira (11), durante o 4º Brasília Summit, encontro organizado pelo Lide, grupo empresarial do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB).

Citando números da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Maria Elisa afirmou que a porcentagem de mulheres exercendo o cargo de pilota nas companhias aéreas é de apenas 6%. Ela atribuiu esse número, entre outros fatores, à alta carga horária e a uma escala de trabalho que pode manter profissionais até 48 horas fora de casa.

Ela mencionou também o alto custo da formação profissional. Pilotos chegam a investir até R$ 300 mil, incluindo teoria e horas de voo, para alcançar o momento de exercer a aviação comercial. Também de acordo com ela, a grande maioria de denúncias de assédio em voo por passageiros envolve funcionárias mulheres.