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9 de novembro de 2025

‘Disputa judicial e demônios motivaram assassinato de personal’, revela confissão de PM

‘Disputa judicial e demônios motivaram assassinato de personal’, revela confissão de PM

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Em coletiva realizada nesta terça-feira (23) para explicar as investigações do assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, o delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), relatou que o policial militar Raylton Duarte Mourão afirmou que “ouvia demônios” incentivando-o a cometer o crime. Raylton se entregou no último domingo (21) e foi ouvido na manhã de segunda-feira (22).

Abreu confirmou que a motivação do assassinato da personal foi uma disputa judicial envolvendo a empresa do militar e sua esposa com a vítima, em razão de um acidente de trânsito. Rozeli Nunes pedia cerca de R$ 24 mil em danos materiais e morais relacionados ao caso.

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No depoimento, o militar relatou que ficou revoltado ao receber a notificação para a audiência de conciliação da ação movida por Rozeli, marcada para a semana passada. Segundo ele, sua empresa não teria qualquer relação com o acidente citado pela personal.

A partir daí, segundo o delegado, Raylton começou a planejar o crime. “Foi uma confissão um pouco longa, com algumas pausas, em razão do desespero por conta da besteira que ele fez”, explicou o responsável pelas investigações.

Indignado com a ação judicial, o militar relatou ter “ouvido vozes” incentivando-o ao assassinato. “Segundo ele, ficou três dias com um tipo de demônio atormentando sua cabeça, dizendo: ‘mata essa fulana de tal’. Não vou falar o nome em respeito à vítima. E ficava essa guerra interna dentro dele”, relatou o delegado.

Na sequência, o militar contou como “atendeu ao chamado” da voz que o incentivava ao crime. “Segundo ele, acordou às 3 horas da manhã, saiu de moto sem que a esposa soubesse, sem que ela acordasse ou percebesse, e deixou a residência para cometer o crime e matar Rozeli”, afirmou Abreu, destacando que Raylton se contradiz ao negar que o crime tenha sido premeditado.

“Ele diz que, em tese, não foi premeditado, mas se contradiz. Porque há três dias ele já pensava no crime e tentava lutar contra isso, contra esses ‘demônios’ que atormentavam sua mente. Para ele, foi algo incontrolável, algo que não sabe explicar. Aí foi lá e ceifou a vida dela. Durante o interrogatório, se mostrou bastante arrependido”, concluiu.

Sobre os remédios controlados

O delegado  também afirmou que o policial militar mentiu na audiência de custódia ao declarar que fazia uso de medicamentos controlados para síndrome do pânico e ansiedade. No depoimento prestado à DHPP, ele negou estar fazendo uso de qualquer tipo de medicação psiquiátrica. “Perguntei pra ele ontem se tomava remédios. Ele falou que não estava tomando. Diferentemente do que afirmou na custódia, no depoimento disse que não estava tomando nada no momento”, relatou o delegado.

Ele também foi questionado se a ausência de medicamentos poderia ter gerado a raiva que motivou o crime. “Perguntei pra ele se a falta do remédio teria ocasionado essa raiva, e ele respondeu: ‘não sei te responder’. Mas afirmou que não estava tomando remédios. Então, ele mentiu na audiência de custódia”, ressaltou Abreu.





Fonte.: MT MAIS

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