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14 de novembro de 2025

Eduardo Bolsonaro diz que Moraes quer impedir direita de ter maioria no Senado em 2026

Eduardo Bolsonaro diz que Moraes quer impedir direita de ter maioria no Senado em 2026

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) disse nesta sexta-feira (14) que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), quer impedir a direita de ter maioria no Senado em 2026, por isso votou para torná-lo réu na corte.

Nesta tarde, a Primeira Turma do STF formou maioria para receber a denúncia contra o deputado federal sob a acusação de coação. Além de Moraes, votaram nesta sexta os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Cármen Lúcia, a outra integrante da Primeira Turma, tem até o dia 25 para apresentar sua posição.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirma sofrer perseguição política do magistrado e diz que a acusação, na verdade, seria ao governo Donald Trump, nos EUA, por ter imposto sanções contra produtos brasileiros e autoridades.

“Como crime de coação exige meio ilícito -e a [Lei] Magnitsky não é ilícita, é meio legal dos Estados Unidos- e um instrumento que esteja sob minha disposição, e Magnitsky eu não assino, nem tarifa eu assino, quem assina isso é o Trump e secretariado [dele], notoriamente são crimes que não competem a mim. Eu jamais poderia estar sendo acusado por isso”, disse em vídeo divulgado nas redes sociais.

“Moraes está usando política dentro do tribunal para limar a possibilidade de a direita ter maioria no Senado ano que vem”, completou, citando ele próprio e o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que era alvo de ação penal no STF, suspensa pela Câmara no mês passado.

O filho do ex-presidente, em entrevista à CNN, comparou-se ao pai, que está condenado e em prisão domiciliar, e classificou o processo como “gambiarra jurídica”.

“Essa gambiarra jurídica é só a tentativa do tribunal de me tornar inelegível a todo custo. Já fizeram isso com o meu pai e, agora, querem fazer comigo”, afirmou.

Eduardo Bolsonaro e o empresário Paulo Figueiredo foram acusados pela PGR de articularem ações junto ao governo do Estados Unidos com o objetivo de intervir nos processos contra Jair Bolsonaro no Brasil.

O procurador-geral Paulo Gonet viu na ação da dupla o crime de coação, que consiste em “usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo judicial”.

O processo contra os dois acabou desmembrado. Moraes determinou que Eduardo fosse intimado por edital, sob alegação de que ele dificultava o andamento do processo; já Figueiredo mora nos Estados Unidos há mais de dez anos e será notificado pessoalmente, por meio de cooperação jurídica internacional.

A acusação da PGR diz que Eduardo e Figueiredo, desde o recebimento da denúncia contra Bolsonaro no Supremo, passaram a articular sucessivas e continuadas ações para intervir no processo penal.

O procurador afirma que Eduardo e Figueiredo tentaram explorar o relacionamento que mantêm com integrantes do governo americano e assessores e conselheiros do presidente Donald Trump e que se valeram dessa rede de contatos para constranger a atuação do Supremo.

Nessa fase do processo, os ministros do STF analisam se a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) traz indícios mínimos de autoria e materialidade que justificam a abertura de um processo penal contra Eduardo. Com a confirmação do resultado, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro se tornará réu e responderá ao Supremo pelos crimes de que foi acusado.



Fonte. Noticias ao minuto

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