5:42 AM
28 de junho de 2025

Empresas travam entrega de medicamentos e prefeito promete normalizar estoque nas unidades

Empresas travam entrega de medicamentos e prefeito promete normalizar estoque nas unidades

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Foto: Secom Cuiabá

As empresas fornecedoras de medicamentos ao município de Cuiabá estariam, deliberadamente, atrasando as entregas para pressionar o prefeito Abilio Brunini (PL) a quitar dívidas herdadas da gestão anterior. A denúncia foi feita por Brunini à imprensa na segunda-feira (23), após ser questionado sobre a falta de medicamentos nas unidades de saúde.

O prefeito explicou que algumas distribuidoras venceram licitações recentes, mas condicionaram as entregas ao acerto de valores de 2022, 2023 e 2024. “Elas diziam que só entregariam se pagássemos o passado, mesmo com contratos novos.  “Elas diziam que só entregariam se pagássemos o passado, mesmo com contratos novos. Infelizmente é uma prática dentro deste setor com a qual teremos que combater e lutando com eles”, declarou em entrevista à imprensa na segunda-feira (23.06).

“Nós fomos muito pressionados pelas empresas, que reclamam de dívidas de 2022, 2023 e 2024. Elas venceram o pregão eletrônico pelo menor preço, mas, na hora de entregar os medicamentos, ficam protelando, enrolando. Mandam emissários dizer que só vão entregar se a gente pagar o que ficou do passado, mesmo sendo contratos novos. Infelizmente, é uma prática comum nesse setor, que vamos ter que combater e enfrentar”, explicou Abilio.

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De acordo com o gestor, a prática adotada pelas empresas não é necessariamente ilegal, uma vez que o edital do pregão prevê prazo de até 30 dias para a assinatura do contrato. Após a assinatura, homologação e publicação, elas ainda têm 15 dias para realizar as entregas. É justamente nesse intervalo que aproveitam para negociar, deixando tudo para o último momento.

“Eles não estão cometendo nenhuma ilegalidade, mas sabem da nossa necessidade, da urgência, e ficam protelando. Já poderiam ter assinado os contratos vencidos no pregão de forma imediata, mas, aparentemente de maneira coordenada, seguram para condicionar a entrega dos medicamentos”, relatou.

Com o fim dos prazos se aproximando e após intensa negociação, Abilio afirmou ter firmado um acordo que prevê o pagamento dos débitos passados. Com isso, as unidades de saúde devem começar a ser reabastecidas ainda nesta semana. A prefeitura também teria realizado compras emergenciais de remédios e insumos para suprir as necessidades imediatas.

Na semana passada, o Ministério Público Estadual (MPE) cobrou providências do município sobre a falta de insumos e remédios básicos em policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A cobrança veio após denúncias de pacientes que não conseguiram retirar medicamentos, nem mesmo em casos de urgência.

O prefeito afirmou que a gestão está comprometida em resolver o problema e evitar novos desabastecimentos. “A população não pode ficar refém de brigas contratuais ou dívidas do passado. Já estamos corrigindo isso”, disse.

A expectativa da Prefeitura é de que o estoque das unidades seja totalmente normalizado nos próximos dias. Ainda segundo o gestor, o município também trabalha para ampliar a oferta de exames e tratamentos nas unidades da capital, com a instalação de novos equipamentos e reforço de profissionais.





Fonte.: MT MAIS

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