11:07 AM
19 de setembro de 2025

Equipes devem ‘ignorar’ pneus macios na classificação em Baku

Equipes devem ‘ignorar’ pneus macios na classificação em Baku

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O layout do circuito de Baku não pode ser comparado a nenhuma das outras 23 pistas do calendário da Fórmula 1. Os 6.003 metros, formados por 20 curvas, são um desafio para os pilotos, mas também para os engenheiros, que são chamados a lidar com problemas presentes apenas na pista do Azerbaijão.

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Há duas novidades que podem embaralhar as cartas às vésperas do fim de semana, uma que já é conhecida há algum tempo, ou seja, o uso pela primeira vez na pista do Azerbaijão dos três compostos mais macios da linha Pirelli (C4, C5, C6) e outra que está tomando cada vez mais forma nessas horas. A previsão é de que as temperaturas sejam mais baixas do que o esperado e também há risco de chuva no sábado e no domingo.

Nesta sexta-feira, a temperatura deve ficar em torno de 22 graus, nove graus a menos do que na sexta-feira de 2024. Baku já é, por si só, uma pista desafiadora para os pneus. Da saída da Curva 16 até a frenagem da Curva 1 (a reta mede 2.200 metros), a temperatura da superfície dos pneus dianteiros cai 40 graus, de 100 para 60, o que é menos do que o valor que a borracha atinge nos aquecedores de pneus antes de deixar os boxes.

O risco é de travamentos em alta velocidade e, como essa é uma seção de frenagem muito exigente (em termos de desaceleração e a mais difícil de todo o campeonato mundial), no caso de um “ponto morto”, há uma grande chance de comprometer o conjunto de pneus. Nesse cenário, uma temperatura mais baixa do ar e do asfalto não é uma boa notícia.

George Russell a Imola si era qualificacon con le medie con la Mercedes

George Russell em Imola se classificou com pneus médios com a Mercedes

Foto de: Peter Fox / Getty Images

Outro aspecto interessante diz respeito às estratégias que as equipes usarão antes da classificação de sábado. O C6 é um composto que está muito próximo do C5 em termos de desempenho (a Pirelli estima uma diferença de dois décimos no circuito de Baku), mas há uma diferença em termos de familiaridade com o pneu.

As equipes e os pilotos estão familiarizados com o composto, que foi batizado de “médio” neste fim de semana, enquanto o C6 ainda é um objeto um tanto misterioso. Não se pode descartar a possibilidade de que, nos treinos livres, mais de uma equipe use um jogo de macios a mais do que o normal para ter pelo menos dois dos três jogos de médios disponíveis para a classificação, mas também há quem acredite que pode haver equipes com a intenção de manter os três jogos de novos médios para a tarde de sábado.

No entanto, essa não seria uma estratégia sem precedentes. No fim de semana em Ímola, George Russell conseguiu o terceiro lugar usando um conjunto de C5 (médios) em vez de C6 (macios), uma escolha repetida pelo piloto da Mercedes em Montreal, onde ele surpreendentemente conseguiu a pole position usando um conjunto de médios.

A estratégia da Mercedes também é dada como certa na classificação de Baku, mas também pode haver alguma outra equipe (a Aston Martin está entre as suspeitas) disposta a fazer a mesma escolha. O cenário ficará mais claro se, nas três sessões de treinos livres, o número de jogos de pneus macios usados for maior do que o normal, um sinal claro de que o pneu “vermelho” não será o único a ser usado na classificação.

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Fonte. Motorsport – UOL

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