A Justiça de São Paulo autorizou na quinta-feira (18) a influenciadora Aline Bardy Dutra, conhecida nas redes sociais como “Esquerdogata”, a realizar um exame para determinar sua sanidade mental. O objetivo do procedimento é averiguar se ela era capaz de compreender seus atos quando foi presa por proferir ofensas raciais contra policiais militares, caso ocorrido em outubro.
O pedido partiu da defesa da influenciadora, que atribuiu ao alcoolismo e ao uso de medicamentos controlados o comportamento que resultou nas acusações de racismo, desacato e resistência à prisão. O exame será realizado pelo Instituto de Medicina Social e Criminologia de São Paulo (Imesc), mas a data ainda não foi definida.
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Histórico
Militante de esquerda e com mais de 880 mil seguidores no Instagram na época, Aline foi presa em outubro, em Ribeirão Preto (SP). Segundo o boletim de ocorrência, a abordagem ocorreu após ela presenciar a PM abordar um homem negro. Logo após os fatos ela perdeu 50 mil seguidores em 24 horas e hoje soma 773 mil seguidores – uma perda de mais de 107 mil seguidores.
Aline teria começado a filmar os agentes, afirmando que a abordagem deles a um homem seria motivada por racismo. Nos vídeos, a influenciadora aparenta estar sob efeito de substâncias, apresentando fala lenta e desconexa. Ela foi algemada, levada à delegacia e liberada depois.
Seus advogados, Douglas Marques e Roberto Bertholdo, divulgaram um comunicado na época afirmando que ela estava arrependida e constrangida. Bertholdo declarou nas redes sociais dela que a atitude de Aline pode ser atribuída ao alcoolismo e ao “medo” que ela sente da polícia.
“Aquilo não é a Aline; foi um surto pelo medo que ela tem da corporação”, disse o advogado, ressaltando, porém, que a explicação não justifica nem a exime de culpa.
Reação à prisão de Bolsonaro
A influenciadora tem mantido uma postura de recolhimento desde o episódio. No entanto, no dia 22 de novembro, o da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, levado à Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, ela publicou um conteúdo em áudio para celebrar.
“A democracia venceu e o Bolsonaro? O Bolsonaro foi para a Papuda, é alegria demais”, disse Aline, ignorando que o local da custódia era a sede da PF, e não o complexo penitenciário.
A reportagem da Gazeta do Povo tenta contato com a influenciadora desde outubro. O espaço segue aberto para manifestações.
Fonte. Gazeta do Povo




