Uma estudante de 13 anos foi esfaqueada por um colega de 16 dentro da Escola Estadual Domingos Aparecido dos Santos, no bairro Residencial Conjunto São José, em Rondonópolis (217 km de Cuiabá), na manhã de segunda-feira (10). Outro aluno, de 15 anos, ficou ferido ao tentar impedir as agressões.

Toda a ação foi registrada pelas câmeras de segurança da unidade escolar e causou pânico entre os estudantes e funcionários.

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De acordo com o boletim de ocorrência, o adolescente atacou a colega com um canivete, desferindo três golpes que atingiram a virilha, o abdômen e o peito, causando uma perfuração no pulmão.

A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Hospital Regional de Rondonópolis, onde permanece estabilizada e aguardando cirurgia.

O segundo estudante, de 15 anos, sofreu cortes profundos nas mãos ao tentar conter o agressor e foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.

Durante a ocorrência, o agressor alegou à polícia que vinha sofrendo bullying por parte da colega. No entanto, os policiais encontraram um caderno com anotações que indicam que o ataque teria sido planejado com antecedência.

O material foi apreendido, assim como o canivete utilizado no crime. O adolescente foi apreendido e encaminhado à 1ª Delegacia de Polícia Civil, responsável pelas investigações.

A Polícia Civil apura as circunstâncias do caso e deve ouvir professores, alunos e familiares dos envolvidos. A escola passou por perícia e deve enviar relatórios sobre o episódio.

Até o momento, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) não se manifestou sobre o caso nem informou quais medidas foram adotadas pela direção da escola. O espaço segue aberto para posicionamento.

Entenda o que diz a lei sobre atos infracionais cometidos por adolescentes

Pela Lei nº 8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), adolescentes entre 12 e 18 anos que praticam atos equivalentes a crimes não respondem penalmente como adultos, mas estão sujeitos a medidas socioeducativas.

Essas medidas variam de advertência e prestação de serviços à comunidade até internação em unidade socioeducativa, quando o ato é considerado grave ou cometido com violência.

A internação, nesses casos, pode durar até três anos, com reavaliações periódicas da Justiça. Após cumprir a medida, o jovem é acompanhado por equipes técnicas até sua reintegração social.