A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (19) uma resolução em homenagem ao ativista conservador Charlie Kirk, aliado do presidente Donald Trump, morto na semana passada enquanto discursava em uma universidade em Utah.
A Casa, controlada pelo Partido Republicano, registrou 310 votos a favor e 58 contra a aprovação da medida, que tem como objetivo honrar a vida e o legado de Kirk enquanto também condena a violência política, incluindo o assassinato do ativista.
A morte de Kirk provocou furor político em todo o país. Trump e seus aliados inflamaram o debate público, culpando grupos de esquerda pelo assassinato e pela onda de violência política que assola o país —muito embora a maioria dos atos violentos com motivação política no país venha da extrema direita.
Desde o assassinato de Kirk, o presidente Donald Trump e integrantes de seu governo têm dito que vão punir grupos de esquerda e pessoas que criticassem ou atacassem o ativista. A discussão em torno da morte já provocou uma série de demissões.
O caso mais emblemático veio à tona na quarta-feira (17), com a suspensão do programa do apresentador Jimmy Kimmel na rede ABC. Trump comemorou o afastamento do comediante e afirmou que emissoras que o criticassem estariam sujeitas à perda da licença de transmissão.
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O presidente também chegou a classificar Antifa, grupo descentralizado antifascista, como organização criminosa, na primeira medida concreta que o republicano tomou contra a esquerda após o assassinato de Kirk.
Não há evidências, contudo, de que o suspeito de 22 anos de Utah que matou o influenciador conservador com um tiro de fuzil tenha recebido ajuda externa organizada para planejar seu ataque. Também não há evidências concretas sobre sua vinculação ideológica.
A votação da homenagem a Kirk na Câmara dividiu os democratas da casa. Alguns se opuseram às declarações passadas do ativista sobre direitos de pessoas transgênero e outras questões polêmicas; outros afirmaram que não deveriam cair em uma armadilha política votando contra uma medida que condena a violência política.
No final, 95 democratas se juntaram a 215 republicanos para votar a favor da resolução, enquanto 58 votaram contra e 38 votaram “presente”.
Fonte.:Folha de S.Paulo