O jogador de futebol Everton Ribeiro, atualmente no Bahia, revelou nesta segunda-feira (6) que passou por uma cirurgia após um diagnóstico de câncer de tireoide.

Aos 36 anos, o meia, também ídolo de Cruzeiro e Flamengo, disse que recebeu a confirmação da doença há cerca de um mês. No período, ele seguiu atuando normalmente no Campeonato Brasileiro, inclusive na véspera da operação, o que aumentou a surpresa diante do caso.

Everton Ribeiro não deu detalhes específicos sobre as características do câncer nem como será a sequência do tratamento. “Hoje fiz a cirurgia e tudo correu bem, graças a Deus. Sigo em recuperação, com fé e com o apoio da minha família e de vocês”, escreveu nas redes sociais.

Saiba mais sobre a doença.

Como surge um câncer de tireoide

Um câncer de tireoide ocorre quando células tumorais começam a se reproduzir de forma descontrolada nessa glândula, localizada no pescoço e responsável por produzir hormônios relacionados ao metabolismo e outras funções corporais. Muitas vezes, não há uma causa clara para isso, mas fatores genéticos e ambientais podem influenciar o risco.

O câncer de tireoide é dividido nos tipos papilífero, folicular, medular e anaplásico. Cerca de 80% dos casos são definidos como papilíferos, considerados altamente tratáveis, devido à progressão lenta do quadro. A relativa facilidade para remover a glândula (total ou parcialmente) ajuda a melhorar o prognóstico quando o tumor está inteiramente contido na tireoide.

No entanto, versões mais raras, como o câncer anaplásico, são mais agressivas. Nesses casos, há maior chance de metástase para outros órgãos, o que dificulta o tratamento e prejudica as chances de sobrevida.

Tumores malignos na tireoide podem afetar qualquer pessoa, mas são mais comuns em mulheres.

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Quais os sintomas e como identificar

Nos estágios iniciais, o câncer de tireoide não costuma produzir qualquer sintoma perceptível. Normalmente, o primeiro sinal de que algo está errado é o aparecimento de um nódulo na tireoide que, devido à localização no pescoço, pode causar dificuldades de fala e deglutição.

Sintomas sistêmicos como fadiga e perda de peso sem explicação só costumam surgir em estágios mais avançados.

É importante observar que nem todo nódulo de tireoide é sinal de câncer. A simples presença de uma massa na glândula não é suficiente para confirmar o diagnóstico, exigindo exames de imagem e biópsia para diferenciar os quadros.

Como é o tratamento

O tratamento preferencial para o câncer de tireoide é a cirurgia para remover total ou parcialmente a glândula. Dependendo do tipo de tumor, também pode haver indicação para remoção dos linfonodos ao redor, de modo a reduzir as chances de metástase.

Também pode ser empregada uma técnica conhecida como iodoterapia, com o uso de iodo radioativo para eliminar células tumorais. O medicamento é administrado por via oral.

Dependendo da extensão da cirurgia, pode ser necessária reposição hormonal após a retirada da tireoide.

Em casos mais graves, nos quais o câncer se espalhou além da tireoide, podem ser indicadas abordagens como quimioterapia e radioterapia.