A Polícia Civil da Bahia, por meio do Núcleo de Homicídios de Ilhéus, criou uma força-tarefa para investigar o triplo homicídio Maria Helena do Nascimento Bastos, 41, a filha dela Mariana Bastos da Silva, 20, e a amiga Alexsandra Oliveira Suzart, 45.
Elas foram encontradas mortas em um matagal na praia do Sul, em Ilhéus, na tarde de 16 de agosto com ferimentos provocados por uma arma branca.
Nos últimos dias, quatro pessoas foram interrogadas e encaminhadas ao DPT (Departamento de Polícia Técnica), onde passaram por exames periciais para identificação criminal, análise genética, confronto de digitais e exame de lesões. Os laudos estão sendo concluídos e serão fundamentais para o avanço das investigações, segundo a Polícia Civil.
Familiares e pessoas próximas já foram ouvidas, e imagens de 15 câmeras de segurança da região são analisadas.
“Nenhuma testemunha ocular foi identificada até o momento. O local onde os corpos foram encontrados é considerado um ponto cego para as câmeras, o que dificulta o rastreio de suspeitos”, afirma a Polícia Civil.
As equipes estão mobilizadas e em diligências contínuas para identificar e prender os responsáveis.
Informações que possam contribuir com as apurações podem ser repassadas de forma anônima por meio do Disque-Denúncia 181, ressaltou a polícia.
Os peritos do DPT retornaram na terça-feira (19) ao local onde as três mulheres foram encontradas mortas, para tentar encontrar a arma do crime e elementos que possam auxiliar na investigação.
Maria Helena e Alexsandra eram professoras da rede municipal de ensino, enquanto Mariana era estudante de engenharia agrícola e ambiental na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia).
Mãe e filha eram frequentadoras da Igreja Batista Santa Geração, que as definiu como “mulheres preciosas, marcadas pela fé e pelo amor”. Mariana também cantava na igreja.
Segundo a Associação dos Professores Profissionais de Ilhéus, elas saíram por volta das 17h30 de 15 de agosto, sexta-feira, com um cachorro e não voltaram para casa. O animal foi localizado amarrado próximo dos corpos.
“Era muito amor, muito carinho, a minha filha. E agora só esperamos a justiça dos homens, que a de Deus já está… Ela já está com ele, a de Deus já está certa. Agora tem que ser dos homens, a justiça dos homens, achar quem fez isso com minha filha, porque era uma pessoa muito especial”, disse Cléa Suzart, mãe de Alexsandra, em entrevista à Band no domingo.
“É uma tragédia. Ninguém nunca esperava isso, porque ela era uma menina muito trabalhadora, muito direita, com responsabilidade. Foi fazer uma simples caminhada para depois encontrar uma tragédia na frente dela.”
Fonte.:Folha de S.Paulo