São Paulo
Após viralizar nas redes sociais em um vídeo que mostra seu trabalho de evangelização, a jovem freira ortodoxa irmã Eva, 21, se pronunciou publicamente pela primeira vez.
Em um vídeo divulgado pelas redes oficiais da Congregação Sancta Dei Genitrix, à qual pertence, a religiosa fez um apelo: que o público não siga nem interaja com perfis falsos que vêm sendo criados em seu nome.
“Essas contas, por favor, não sigam, não curtam, não acompanhem, porque não são perfis reais”, disse a irmã, com tom sereno, mas direto. Ela explicou que nem ela, nem as outras religiosas da comunidade possuem redes sociais pessoais. Apenas as páginas institucionais são autorizadas a divulgar conteúdo sobre o cotidiano da congregação.
A repercussão começou após um vídeo circular mostrando irmã Eva vendendo artigos religiosos como terços e medalhinhas na capital goiana. Com o hábito tradicional e traços delicados, a freira chamou a atenção dos internautas, que passaram a compartilhar o conteúdo com comentários sobre sua beleza e vocação.
Mas, segundo ela, o foco está longe da vaidade. O vídeo, que ganhou alcance nacional, mostrava uma das atividades comuns da congregação, voltada à evangelização por meio da venda de objetos religiosos. “Mais do que uma venda, é uma evangelização”, explicou a jovem religiosa, ressaltando que os recursos arrecadados ajudam a financiar projetos sociais mantidos pela comunidade.
Natural de Patos de Minas (MG), irmã Eva nasceu Kamila Cardoso e entrou para a vida religiosa aos 18 anos, optando por seguir a fé ortodoxa, que não está vinculada à Igreja Católica. Antes de abraçar a vocação, ela teve uma breve passagem pelo mundo da moda e chegou a vencer o concurso Miss Continente Teen Sol Nascente.
A Congregação Sancta Dei Genitrix mantém contas oficiais nas redes sociais sob os nomes “Servas de Maria Santíssima” e “Servos de Maria Santíssima”, além dos perfis ligados ao padre Ribamar, orientador espiritual da comunidade, e ao projeto Chácara da Gruta. Fora essas páginas, todo conteúdo envolvendo membros da congregação deve ser tratado com cautela.
O caso expõe um fenômeno recorrente na internet: a apropriação da imagem de pessoas comuns que viralizam de forma repentina, abrindo espaço para golpes, distorções e fake news. Em resposta, irmã Eva preferiu não polemizar e manteve o tom discreto que parece definir sua presença pública: “Estamos aqui para evangelizar, com simplicidade e verdade.”
Fonte.:Folha de S.Paulo 
				

								
								
								
								
								
								