O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi alvo de ofensas antissemitas nas redes sociais nesta quarta-feira (10), enquanto lia seu voto pela anulação do julgamento do chamado “núcleo 1” da ação penal em análise pela Corte. As postagens, publicadas no Instagram e no X, em formato de obituário, traziam críticas e referências a ele ser judeu e “sionista”.
“O excelentíssimo jurista menor e judeu sionista, ministro Luiz Fux, faleceu hoje, ao vivo diante das câmeras da TV Justiça, logo após declarar seu voto de anulação do processo contra o miliciano e assassino Jair Messias Bolsonaro”, escreveu um blogueiro de esquerda com mais de cem mil seguidores.

“Fux é jud€u. Os sionistas não aguentaram e tiraram o disfarce. Vão fazer tudo para livrar o golpista puxa-saco dos genocidas dos palestinos”, escreve outro perfil no X.
A repercussão foi imediata. Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) no governo Bolsonaro e integrante da comunidade judaica, pediu a prisão dos responsáveis pelas publicações.
“É inconcebível que um ministro da Suprema Corte, no exercício de sua função, seja vítima de ofensas antissemitas. Tenho convicção de que a Polícia Federal deve reagir imediatamente, colocando os criminosos atrás das grades com urgência, tendo em vista tratar-se de um crime inafiançável. O antissemitismo não pode existir sob nenhum disfarce, em nenhuma hipótese, em pleno 2025”, declarou Wajngarten à Gazeta do Povo.
O julgamento, iniciado na terça-feira (9), já havia registrado os votos do relator Alexandre de Moraes e do ministro Flávio Dino, ambos pela condenação. A sessão desta quarta marcou a sexta etapa do processo.
Fonte. Gazeta do Povo