A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o decreto que amplia o poder da primeira-dama, Janja, não é um privilégio e que a decisão visa amparar o trabalho de representação já realizado pela companheira do presidente Lula (PT).
“Primeiro que não é privilégio e segundo que não é um aumento [dos direitos], o decreto está só reproduzindo o que está o parecer da Advocacia-Geral da União, que a primeira-dama pelo status que tem, por ser a companheira do presidente, tem um papel político também, de representação, e precisa de condições de ter esse papel”, afirmou em entrevista ao SBT News.
“Ela não está contratando ninguém, não está gerando gasto, é tudo que já esta na estrutura”, disse. Gleisi reiterou que representar o presidente em eventos e viagens é uma função já exercida anteriormente por outras primeiras-damas, e citou nominalmente Michelle Bolsonaro.
Conforme mostrou a Folha, o decreto coloca à sua disposição os serviços do Gabinete Pessoal da Presidência da República.
O gabinete ajuda na organização da agenda e do cerimonial, no recebimento e resposta de correspondências, na formulação dos pronunciamentos, na formação do acervo privado, na gestão da coleção artística sob responsabilidade da Presidência e na preservação e adequação dos palácios e residências utilizadas pelo presidente.
A ministra afirmou ainda que a decisão não traz nenhum novo gasto, visto que Janja usará a mesma equipe que já atua junto a ela. A oposição está tentando impedir que a decisão se mantenha. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, protocolou um projeto que visa sustar o decreto.
“A primeira-dama não concorreu a qualquer cargo e, muito menos, foi eleita ou autorizada pela Constituição Federal ou qualquer lei em sentido estrito a ter verba, funcionários públicos ao seu dispor e, o pior, representar o chefe do Executivo em atividades de caráter cultural, social ou cerimonial”, diz o texto.
Durante a entrevista, Gleisi chegou a afirmar que a oposição se preocupa com o assunto “por falta do que fazer”. “Eles têm é que cuidar do Bolsonaro”, disse.
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Fonte.:Folha de S.Paulo