O Google confirmou o fim do projeto Privacy Sandbox, cujo objetivo era substituir aqueles tradicionais cookies de terceiros presentes no Chrome, para criar novas tecnologias de publicidade direcionadas ao usuário.
O Sandbox era uma iniciativa ambiciosa, já que faria com que não houvesse mais a necessidade de rastreamento individual e invasivo que os cookies de terceiros permitem. Com o cancelamento, a empresa parece não mais tão preocupada em eliminar esses cookies, e deve optar pelo clássico modelo de “escolha do usuário”, em que ele pode aceitar ou negar o armazenamento desses dados.
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Embora a gigante de Mountain View tenha confirmado o fim do projeto, as justificativas são mais nebulosas. A explicação oficial é de que o Privacy Sandbox teve “baixos níveis de adoção” e um feedback de que esse conjunto de tecnologias não estavam fornecendo valor suficiente para corresponder à mudança.
Sandbox estava fadado ao fracasso?
O Google Chrome é o navegador mais popular do mundo há anos, mas nem Apple e nem Microsoft querem que você continue usando ele. Ambas as empresas emitiram comunicados para que seus usuários parem de usar o browser por questões de segurança, privacidade e cookies.
E o Privacy Sandbox está diretamente relacionado com as questões de privacidade citadas por Microsoft e Apple. As promessas do Google em oferecer uma navegação mais privada e potencialmente segura foram por água abaixo, e adicionaram mais um toque de rivalidade entre as empresas.
- A primeira proposta do Sandbox era o FloC, que agruparia usuários com interesse de navegação semelhantes em grupos no navegador;
- Rival, a Apple criticou fortemente o recurso e fez alusão com o filme ‘Os Pássaros’, em alusão ao fato dos rastreadores atacarem o usuário com força;
- Mesmo órgãos reguladores, como o CMA do Reino Unido, acreditavam que a iniciativa beneficiaria o ecossistema de anúncios do próprio Google;
- A concorrência temia que ao eliminar cookies de terceiros, o Google usaria sua posição privilegiada para dominar os anúncios;
- Publicadores e anunciantes entendiam a API como complexas demais e com baixo desempenho;
- Mesmo com as notícias não tão animadoras para o Google, o Chrome detém 70% do mercado em dispositivos móveis e desktops;
- O fato dos usuários continuarem utilizando o navegador aponta como a boa integração do browser é um fator decisivo na escolha.
Também é importante lembrar que a Microsoft com seu Edge e a Apple com o Safari são competidores ferrenhos contra o Google Chrome. Apesar da manutenção do sistema de cookies, as rivais não iriam deixar de cutucar a gigante, afinal de contas é o navegador mais usado no mundo e com sobras.
Para mais informações sobre navegadores e os ambiciosos projetos do Google, fique de olho no site do TecMundo.
Fonte.: TecMundo