O governo estadual reassumiu a gestão do Hospital Regional de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, com o fim do contrato com a Associação Congregação de Santa Catarina, que respondia pela administração da unidade hospitalar até o dia 30 de setembro deste ano. O contrato não foi renovado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), por falta de interesse da própria entidade.
Ao G1, a SES-MT informou que, em julho deste ano, o governo publicou dois decretos que determinavam o retorno da administração dos hospitais regionais de Colíder, Sorriso, Alta Floresta e o Metropolitano de Várzea Grande dentro de 6 meses.
No início deste mês, um novo decreto incluiu em situação de emergência os hospitais regionais de Cáceres, Rondonópolis e Sinop. Em Rondonópolis, no último dia 1º, o governo passou a administração para o Instituto Gerir de forma emergencial, por seis meses, período em que será feito um novo chamamento público.
Conforme o governo, na segunda-feira (23), já sob nova direção, uma nova empresa assumiu o setor de oncologia, colocando outra equipe médica no local.
Para não prejudicar o serviço, o médico responsável pela empresa que teve o contrato encerrado, Eduardo Marques de Lima, se comprometeu a continuar acompanhando os pacientes dele que estão internados na undiade até que eles recebam alta, conforme o diretor técnico do hospital, Hernandez Coutinho.
Dessa forma, as cirurgias de urgência e emergência do setor de oncologia do Hospital Regional de Cáceres, assim como as consultas, continuam sendo realizadas normalmente. Já as cirurgias eletivas ambulatoriais foram suspensas até que a auditoria que está sendo feita no setor seja encerrada.
Segundo o governo, quando a OSS que geria a unidade de Cáceres não mostrou mais interesse em renovar o contrato e permanecer à frente do hospital, as prefeituras que integram o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Mato Grosso (CISOMT) também foram consultadas, mas não aceitaram assumir a unidade, que passou para a administração da Secretaria Estadual de Saúde.
Demissões e recontratações
Segundo a Ses-MT, 95% dos 473 funcionários que foram demitidos pela OSS em Cáceres após o encerramento do contrato com o governo do estado foram readmitidos pela nova gestão, sem comrpometer o funcionamento da unidade. Além deles, a unidade conta com 253 servidores de carreira.
De acordo com a pasta, os profissionais que não permaneceram na unidade tomaram a decisão espontaneamente por manter o vínculo com a OSS em outro hospital da cidade, enquanto outros não possuiam todas as certidões exigidas para assumir cargo público ou cuja análise curricular não foi aceita pela nova gestão.
O Hospital Regional de Cáceres atende a 22 municípios das regiões Oeste e Sudoeste do estado, além de pacientes da Bolívia.
Fonte G1 Mato Grosso