
Crédito, Reuters
- Author, David Gritten
- Role, BBC News
O Hamas concordou com a mais recente proposta de mediadores regionais para um acordo de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns israelenses, informou uma fonte do grupo armado palestino à BBC.
O Hamas libertaria cerca de metade dos 50 reféns israelenses restantes – 20 dos quais se acredita estarem vivos – em duas etapas durante uma trégua inicial de 60 dias. Também haveria negociações para um cessar-fogo permanente.
Não está claro qual será a resposta de Israel, já que o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que agora só aceitará um acordo se “todos os reféns forem libertados de uma só vez”.
Em um vídeo veiculado após a divulgação dos relatos de aprovação do Hamas, Netanyahu não comentou diretamente a informação, mas disse ter a impressão de que o grupo estava “sob imensa pressão”.
Ainda nesta semana, seu gabinete deve aprovar o plano militar israelense de ocupar a Cidade de Gaza, onde a intensificação dos ataques israelenses levou à fuga de milhares de palestinos.
O primeiro-ministro anunciou a intenção de Israel de ampliar sua ofensiva e conquistar toda a Faixa de Gaza – incluindo as áreas onde a maioria de seus dois milhões de habitantes buscou refúgio – após o fracasso das negociações indiretas com o Hamas sobre um acordo de cessar-fogo no mês passado.

Crédito, Abir Sultan/EPA
No domingo (17/8), centenas de milhares de israelenses se reuniram em Tel Aviv para exigir que seu governo chegue a um acordo com o Hamas para trazer todos os reféns para casa imediatamente e encerrar a guerra.
Netanyahu acusou os manifestantes de fortalecerem a posição de negociação do Hamas.
Ele afirmou que a guerra só terminará quando todos os reféns forem libertos e o Hamas se desarmar.
Ele também quer que Gaza seja desmilitarizada, mantida sob controle de segurança israelense e administrada por uma administração não vinculada ao Hamas ou à Autoridade Palestina.
O Hamas pediu um acordo abrangente prevendo a troca dos reféns que mantém presos por prisioneiros palestinos em prisões israelenses, bem como o fim da guerra e a retirada total das forças israelenses de Gaza.
O grupo afirma que não se desarmará a menos que um Estado palestino independente seja criado.
O Exército israelense lançou uma campanha em Gaza em resposta ao ataque liderado pelo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram feitas reféns.
Pelo menos 62.004 pessoas foram mortas em Gaza desde então, de acordo com o Ministério da Saúde do território, administrado pelo Hamas.
Fonte.:BBC NEWS BRASIL