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4 de novembro de 2025

Haddad defende “asfixia financeira” de facções e cobra aprovação de lei contra devedores contumazes

Haddad defende “asfixia financeira” de facções e cobra aprovação de lei contra devedores contumazes

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu na última sexta-feira (31/10), em São Paulo, que o combate ao crime organizado só será eficaz se o Estado conseguir “asfixiar as fontes de financiamento” das facções. A declaração foi feita durante entrevista coletiva sobre os resultados da Operação Fronteira, coordenada pela Receita Federal. “Além de cumprir mandados e atuar nos territórios, é preciso asfixiar o financiamento do crime. Nós temos que entrar por cima, combatendo e bloqueando as fontes de dinheiro das organizações”, afirmou Haddad.

O ministro comparou a estrutura do crime com uma cadeia empresarial e disse que a repressão precisa atingir os níveis de comando: “Não adianta só o chão de fábrica. Precisamos chegar nos CEOs do crime organizado. Se não chegar na diretoria e na gerência, o dinheiro vai continuar voltando para abastecer o crime.”

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As declarações de Haddad ocorreram na mesma semana em que uma operação policial no Rio de Janeiro deixou mais de 120 mortos, provocando ampla repercussão nacional e internacional. Segundo o ministro, “não adianta atuar apenas nas comunidades se o comando financeiro continua impune”. “O verdadeiro bandido muitas vezes está em outro país, usufruindo da riqueza acumulada ilicitamente e aliciando jovens. É preciso atuar em todas as camadas do crime”, pontuou.

Durante a entrevista, Haddad fez um pedido direto ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), para que articule apoio dentro do partido à lei do devedor contumaz, projeto que endurece punições contra empresas que utilizam a inadimplência fiscal como estratégia de negócio.“Peço que o governador convença sua bancada a votar a favor da lei do devedor contumaz. Precisamos trabalhar em todas as camadas da atuação criminosa. O PL precisa compreender a importância desse projeto, que estava adormecido”, afirmou.

O ministro associou a figura do devedor contumaz ao financiamento indireto do crime organizado, especialmente no Rio de Janeiro. “O devedor contumaz é um tipo sofisticado de sonegador, que usa estratégias jurídicas para esconder o dinheiro ilícito. Por trás dele, há o crime organizado”, explicou.





Fonte.: MT MAIS

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