Os chefes da Red Bull e da Racing Bulls refutam as sugestões de que Isack Hadjar não poderia atacar Max Verstappen no GP da Holanda.

Hadjar se classificou ao lado de Verstappen na segunda fila em Zandvoort e acompanhou o tetracampeão mundial durante toda a corrida, tentando pressionar o holandês na reta final da corrida pelo terceiro lugar.

Isso se tornou uma briga pelo segundo lugar, com Lando Norris abandonando e garantindo um pódio decisivo para o estreante Hadjar, de 20 anos.

Embora Hadjar tenha conseguido ultrapassar Verstappen brevemente, o francês não chegou perto o suficiente para atacar o carro da equipe irmã, com Verstappen acelerando quando necessário.

Mas qualquer sugestão de que Hadjar deveria manter a posição foi descartada pela liderança de ambas as equipes. Questionado pela emissora austríaca ORF se houve algum acordo informal entre as duas equipes de propriedade da Red Bull nesse sentido, o CEO da Racing Bulls, Peter Bayer, disse: “Não, absolutamente não. Pelo contrário, como uma equipe menor, estamos aqui para dar um pouco de pressão às equipes grandes.”

“Se ele tivesse ritmo, teria atacado, sem dúvida. Mas descobriu-se que Max estava apenas controlando os pneus. Assim que viu Isack se aproximando, ele acelerou novamente e abriu vantagem. No final, os dois estavam praticamente empatados em termos de ritmo de corrida. Mas se a oportunidade surgir, com certeza iremos aproveitá-la — prometemos!”

O consultor da Red Bull, Helmut Marko, disse que nem sequer havia pensado no cenário, mas indicou que a Red Bull “não teria intervindo, desde que a situação fosse justa e sem colisões”, enquanto o chefe de equipe da Red Bull, Laurent Mekies, descartou categoricamente a teoria.

“Se ele não pudesse passar, seria ilegal. Então, a resposta é sim, ele tem permissão”, retrucou Mekies. “E lembro que na última corrida, terminamos atrás da Racing Bulls em Budapeste.”

Bayer disse que o sexto pódio da equipe anglo-italiana se tornou ainda mais especial após os problemas que a equipe enfrentou durante os treinos livres de sexta-feira. A equipe trocou o motor de Hadjar entre o TL1 e o TL2 após encontrar problemas nos sensores, mas pediu que ele estacionasse o carro na pista em sua primeira volta do TL2 como medida de precaução ao detectar anomalias no sistema de bateria, o que levou a mais trabalho durante a noite para garantir que o francês pudesse correr sem problemas no sábado.

“Claro, é uma sensação incrível, especialmente ver Isack lá no pódio ao lado de Max”, acrescentou Bayer. “Incrivelmente emocionante, também porque tivemos tantos problemas na sexta-feira. A equipe violou o toque de recolher, trabalhou a noite toda, reconstruiu o carro e, no final, tudo deu certo.

“A estratégia foi boa, as largadas foram boas e o Isack não cometeu um único erro. No fim das contas, talvez tenha sido também um pouco de ‘sorte dos bravos’ que nos levou ao pódio.”

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