A ex-vereadora Marielle Franco (1979-2018) será homenageada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (4), com a Medalha W.E.B. Du Bois, a mais alta honraria concedida pela instituição no campo dos estudos africanos e afro-americanos. É a primeira vez que uma brasileira é incluída entre os homenageados.

A medalha reconhece pessoas de diferentes partes do mundo por suas contribuições à cultura africana e afrodescendente. Marielle será a segunda pessoa da América Latina a receber a distinção —no ano passado, a premiada foi a vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez.

“Mulheres como ela desafiaram e transformaram as estruturas de poder, enfrentando o racismo, o sexismo e a LGBTQIA+fobia. Sua preciosa vida foi tirada, mas o que quero enfatizar aqui é que eles fracassaram. Marielle esteve conosco durante o simpósio; eles não conseguiram apagá-la. Marielle veio ao ALARI, e depois disso, nunca mais saiu daqui”, afirmou Alejandro de la Fuente, diretor fundador do Alari (Instituto de Pesquisas Afrolatino-Americanas), ligado a Harvard.

O assassinato de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, completou sete anos em 2025. A investigação foi concluída e resultou na condenação dos executores Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, presos desde 2019, que confessaram o crime.

Os acusados de serem os mandantes —os irmãos Domingos Brazão (conselheiro do TCE-RJ), Chiquinho Brazão (deputado federal) e o delegado Rivaldo Barbosa (ex-chefe da Polícia Civil)— estão presos e promovem uma campanha pública para tentar desmontar a denúncia que os mantém detidos há quase um ano.

_{com DIEGO ALEJANDRO, KARINA MATIAS e VICTÓRIA CÓCOLO}

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