Concorrido endereço do Paraíso, o Ikemen Ramen é um projeto do empresário Takamasa Kurachi, proprietário de outra casa de lámen, o Ikkousha Ramen, na Liberdade, onde a especialidade é o tonkotsu, um caldo denso obtido dos ossos do porco, típico de Fukuoka, capital da província de mesmo nome na ilha de Kyushu, no sudoeste do país asiático. No novo endereço, aberto no início do ano, vale fazer um passeio pelos petiscos antes de passar às massas feitas lá mesmo, aliás, como quase tudo que é oferecido no salão agradável e moderninho (preste atenção aos lugares individuais no balcão separados por divisórias para conferir alguma privacidade durante a refeição). O clássico guioza ganha em uma das versões recheio de carne de porco e um toque de curry. Esse pastelzinho só salta da chapa com uma das faces bem bronzeada e, por isso, de textura crocante (R$ 25,00, cinco unidades). Feito no vapor, o shoronpo (R$ 33,00, cinco unidades) tem o formato de uma graciosa trouxinha de massa delicada, quase transparente, recheada de pato e em contraste com o sabor marcante da carne da ave. Se quiser algo diferente e raro até no Japão, a dica é escalar o wagyu jiro (R$ 70,00), o lamén liso e retangular mergulhado no caldo bovino com lâminas de wagyu, que como toda carne de boi é considerada pela maioria dos japoneses de sabor adocicado e, por isso, nada rotineira nos cardápios de lá. Tive a chance de provar uma versão parecida, três anos atrás, por sugestão da cozinheira e professora Marisa Ono, em um endereço em um dos extremos de Tóquio, o restaurante Matador, infelizmente, definitivamente fechado. Vem banhado no caldo de shoyu o tempura bukkake udon (R$ 55,00), o macarrão grosso, na versão vegetariana com nabo ralado, muita cebolinha e hortaliças empanadas. Adicionais como a alga nori (R$ 8,00) são cobrados à parte. A única sobremesa vem de fora. É um daqueles sorvetes cremosos em estilo soft (R$ 22,00), que pode ser no sabor baunilha, matchá ou um misto dos dois, como provei.