Resenha por Saulo Yassuda

Da rua, a única pista que se tem da existência do Il Segreto Gastro Vino, aberto em junho, é o néon de uma taça na fachada. Quem chega dá de cara com um empório apertadinho de itens gastronômicos. Para chegar ao pequeno bar de vinhos, é necessário atravessar a loja e subir a escada. Embalado por jazz meio bossa nova, o local se resume a um corredor com um lustre de penduricalhos de vidro e um sofá de veludo bordô amparado por mesas baixas. Repare, ainda, no pequenino terraço para apenas dois. A lista contempla 44 rótulos e satisfaz diferentes gostos, ainda que fosse interessante um garimpo mais intenso — a casa trabalha com apenas quatro importadoras. A maioria da oferta é de tintos encorpados, caso do libanês Château St. Thomas Les Emirs 2016 (R$ 323,00), elaborado com cabernet sauvignon, syrah e grenache. Mais fresco, o italiano Michele Chiarlo Palás Barbera D’asti DOCG 2021 (R$ 287,00) não passa por madeira. Dos brancos, o espanhol Marqués de Tomares Crianza Blanco 2020 (R$ 219,00) leva viúra e garnacha branca (a carta informa erroneamente que se trata de um chardonnay). Três máquinas possibilitam que doze opções da bebida, que variam de tempos em tempos, sejam servidas em doses de 50, 100 ou 150 mililitros. O chef João Costa entrega bons petiscos divididos entre “refrescantes” e “aconchegantes”. Da primeira família, o antipasto del mare traz três canapés de vieira, polvo, camarão e pinhole que ganham uma camada de frescor com um pesto um tanto fluido com hortelã, rúcula e mascarpone entre os ingredientes (R$ 78,00). A depender do dia, são montados em discos crocantes de massa preparada no pizza-bar GattoFiga, que tem sócios em comum, no imóvel vizinho. Da seleção quente, a polenta cremosa com ragu de linguiça blumenau pode ser regada por creme de gorgonzola suave (R$ 41,00).

Informações checadas em julho de 2025.