A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu, na quinta-feira (2), em Volta Redonda (RJ) um mandado de busca e apreensão na residência da influenciadora Juliana Rosa de Freitas, conhecida nas redes sociais como “Juju dos Teclados”. A operação foi determinada pela Justiça após denúncias de que a influenciadora, conhecida por vídeos em que debocha de bolsonaristas, teria incentivado a violência contra figuras públicas.

A ação judicial foi motivada por uma denúncia encaminhada ao Ministério Público, à Polícia Civil de São Paulo e à Polícia Federal, depois que Juliana publicou um vídeo sugerindo que o assassinato do ativista americano Charlie Kirk deveria inspirar ações semelhantes contra empresários e políticos brasileiros, segundo reportagem do site BrasilAgro, que noticiou o caso.

No vídeo, a influenciadora teria mencionado o advogado e líder ruralista Paulo Junqueira — presidente do Sindicato e da Associação Rural de Ribeirão Preto —, além dos empresários Luciano Hang (Grupo Havan), Afrânio Barreira (Rede Coco Bambu) e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). A operação foi confirmada por Nikolas em suas redes sociais.

De acordo com a Polícia Civil, os agentes apreenderam documentos, equipamentos eletrônicos e outros materiais durante o cumprimento da ordem judicial. A influenciadora foi procurada para comentar o caso, mas não retornou o contato.

Em seu último vídeo publicado no Instagram, Juliana ironiza uma manifestação de direita em Copacabana, no Rio de Janeiro. Em tom de documentário, ela chama os manifestantes bolsonaristas de “gado”. Nos comentários, diversos seguidores perguntam sobre os vídeos da operação policial em sua casa.

Influenciadora comemorou morte de Kirk

“Juju dos Teclados” ficou conhecida nas redes por suas provocações políticas. Após comemorar a morte de Charlie Kirk, o vice-secretário de Estado dos Estados Unidos, Christopher Landau, afirmou que cancelaria o visto americano da influenciadora.

No vídeo, Juliana descreve a morte de Kirk como “muito bonita e poética” e pede “justiça por Tyler Robinson”, o homem de 22 anos acusado de matar o ativista conservador.

Em tom de ironia, ela afirma que Tyler “entrou na trend” (tendência) de assassinatos de figuras públicas, mencionando semelhança com o caso do atirador que, em dezembro de 2024, matou Brian Thompson, CEO de uma empresa norte-americana de seguros de saúde.