Mariana Marins, irmã da turista brasileira Juliana Marins, escreveu um texto de despedida na noite desta quarta-feira (25) e lembrou da convivência com a caçula da família, que morreu aos 26 anos após cair enquanto fazia uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia.
O corpo de Juliana foi resgatado nesta quarta, em um penhasco rochoso e de difícil acesso.
Mariana disse, no Instagram, que a irmã valia por dez e herdou o humor da família. Contou que ensinou a publicitária a andar de bicicleta, tocar violão e a gostar da banda Thirty Seconds to Mars, para as duas irem juntas a shows.
“Você sempre foi a maior parceira do mundo, mesmo sendo avoadinha de tudo, sempre acreditando que todas as coisas iam dar certo. E elas sempre davam certo”, escreveu.
Segundo Mariana, as duas diziam que moveriam montanhas uma pela outra.
“E, daqui do Brasil, tentei mover uma lá na Indonésia por você. Desculpa não ter sido suficiente, irmã”, afirmou.
Mariana mobilizou as redes sociais e cobrou providências de autoridades no período em que a irmã aguardava o resgate. Ela criou a página Resgate Juliana Marins, no Instagram, e fez vários pronunciamentos sobre as dificuldades das buscas.
Juliana caiu na sexta-feira (20), chegou a ser localizada com vida, mas o resgate só a alcançou na terça (24), quando já estava morta.
A caçula foi madrinha de casamento da mais velha e sonhava em ter sobrinhos. De acordo com a irmã, Juliana fazia esse pedido com frequência.
“Você seria uma excelente tia. Seus sobrinhos vão saber tudo sobre você. Não se preocupe com isso. Mas eles não terão o privilégio de conviver com você. E isso tem acabado comigo”, escreveu.
Mariana revelou também sentir angústia por ter perdido a possibilidade de envelhecer com a irmã.
“Quem usará um gorro de Natal comigo em qualquer dia de dezembro? Inclusive, não sei como serão os natais sem você”.
Mariana recebeu o apoio de personalidades como a atriz Tatá Werneck.
“Você foi um alicerce para a sua família e uma heroína para sua irmã”, escreveu Werneck.
Mais cedo, Mariana agradeceu aos alpinistas voluntários que participaram do resgate do corpo de Juliana. Em mensagem enviada a Agam e Tyo, ela citou a generosidade e a coragem da dupla.
“Sabemos das condições extremamente adversas e dos grandes riscos que vocês enfrentaram. Foi graças à dedicação e à experiência de vocês que a equipe pode finalmente chegar até Juliana e permitir, ao menos, esse momento de despedida”.
Fonte.:Folha de S.Paulo