Quando Ivete Sangalo subiu ao palco no Jockey Club neste sábado (25), gritou logo que “mainha chegou” e chamou pela Bahia. “Mainha” estava lá, com a animação de sempre, mas o axé foi substituído pelo samba e pelo pagode. Seu público, normalmente pulante e dançante, curtiu de forma mais tranquila a apresentação que estreou em São Paulo e segue para mais capitais.
“Ivete Clareou”, novo projeto musical da cantora, se inspira nos já populares “Numanice”, de Ludmilla, e “Tardezinha”, de Thiaguinho, com palco 360°, open bar e convidados. A setlist é de canções clássicas e novas do samba, com Maria Rita, Benito de Paula, Menos é Mais, Belo, Diogo Nogueira e outros nomes do gênero.
Em especial, Clara Nunes foi homenageada, com momento especial para “Juízo Final”. “O Mar Serenou” foi tocada ainda na abertura, logo após um áudio de quem parece ser a mãe da cantora dizendo que, desde pequena, Ivete já gostava das músicas interpretadas pela mineira. “Clareia amor, clareia”.
Ivete seguiu o show alternando entre clássicas e novas, como “Curtindo a Vida”, do grupo Bom Gosto, “Num Corpo Só”, de Maria Rita, “Pura Adrenalina”, de Belo, “Ah! Como Eu Amei”, de Benito de Paula e “P do Pecado”, do grupo Menos É Mais. Até a metade do show, nenhuma música autoral da cantora havia sido cantada.
Em uma pausa no samba, a Ivete chamou Di Ferrero, primeiro convidado. Os dois cantaram “Razões e Emoções” e “Cedo ou Tarde”, do grupo NX Zero.
Para quem for ao show em Belo Horizonte, Salvador ou Porto Alegre —os próximos destinos—, não espere ouvir Ivete no axé, mas sua versão dos clássicos do samba e do pagode. O clima é de festival, em um local agradável e aberto, com público jovem e fã do gênero.
Fonte.:Folha de S.Paulo


