Um jogador do high elo brasileiro de League of Legends foi banido permanentemente de todas as contas vinculadas à Riot Games após condutas consideradas inadequadas durante transmissões ao vivo. 

A decisão, que impede o acesso a todos os títulos da desenvolvedora, foi confirmada publicamente após o streamer brasileiro Yiok questionar no X os motivos para a punição. Segundo a Riot, o banimento está amparado pelas regras atualizadas dos Termos de Serviço, válidas desde dezembro de 2024. 

O caso ganhou repercussão quando Drew “JustACapybara” Levin, Diretor de Produtos de League of Legends, respondeu diretamente às publicações do jogador, afirmando que a penalidade foi aplicada por comportamentos exibidos durante transmissões online. 

A decisão inclui violações cometidas fora do cliente do jogo, conforme as diretrizes da empresa. Yiok, conhecido por jogar exclusivamente de Kassadin, negou ter cometido infrações graves e afirmou estar sendo punido “sem qualquer motivo”, mas teve a contestação rebatida pela liderança da Riot.

Streamer afirma ter sido alvo de punições “sem qualquer motivo”

Após perceber que múltiplas contas haviam sido bloqueadas, Yiok afirmou nas redes que estaria sofrendo punições injustificadas. Em mensagem aberta, ele pediu explicações à empresa: “Estou sendo alvo sem motivo aparente. Esta conta estava sendo upada do zero em uma livestream e foi banida sem razão”. 

Drew Levin respondeu ao streamer indicando que o banimento resultava de “má conduta enquanto transmitia League of Legends”, citando trechos dos Termos de Serviço que autorizam ações disciplinares mesmo para comportamentos ocorridos fora do jogo. “Se você disser ou fizer coisas que violem nossos termos enquanto cria conteúdo, podemos restringir o acesso às suas contas”, reforçou o rioter.

Diante da resposta, Yiok pediu provas adicionais e afirmou que League of Legends seria “sua vida”, alegando que apenas discutiu com outros jogadores nas redes sociais. 

No entanto, Drew publicou um clipe em que o streamer direciona uma ameaça de violência sexual contra funcionários da Riot caso fosse punido — um conteúdo que, segundo o executivo, por si só já justificaria a decisão.

O caso reacendeu discussões sobre violações recorrentes do jogador, que já acumulava acusações relacionadas a comportamentos tóxicos, incluindo insultos ofensivos e discursos de ódio. Levin reiterou que todas as medidas aplicadas seguem as regras atualizadas para criadores de conteúdo.

A empresa reforçou ainda que qualquer ameaça, violência ou ofensa praticada em transmissão é tratada como infração direta às políticas do jogo, e que punições semelhantes podem ser aplicadas a outros criadores que violem os termos.

Banimento ocorreu após streamer discutir com jogadores da Loud e da Red

O episódio que antecedeu o banimento ganhou força após uma discussão envolvendo jogadores profissionais da LOUD e da RED Canids. 

A situação começou quando a streamer Aninha, da RED, criticou a build utilizada por Chovy no Mundial 2025, apontando escolhas defensivas para Anivia. Yiok respondeu ironizando a jogadora, questionando sua capacidade de avaliar o desempenho do mid laner da Gen.G.

A interação chamou a atenção de Gryffinn, jungler da LOUD, que rebateu o monochampion ao mencionar que ambos estavam no mesmo elo. Em seguida, Yiok elevou o tom e publicou uma resposta com teor misógino e xenofóbico, direcionada tanto à streamer quanto ao jogador profissional, o que intensificou a repercussão negativa.

Esse comportamento reacendeu acusações antigas de que o streamer já teria utilizado termos ofensivos e participado de discussões agressivas envolvendo outros jogadores. Pouco antes do banimento, o próprio Levin havia ironizado o desempenho da conta do streamer, após suspeitas de que o perfil teria sido comprado — prática também proibida pela Riot.

Situação repercutiu na comunidade de League of Legends mundo afora

A decisão da Riot repercutiu rapidamente fora do Brasil, com jogadores de outras regiões comentando o caso no X. A maior parte das reações celebrou o banimento e o interpretou como um movimento da empresa para reforçar políticas de tolerância zero contra toxicidade.

Postagens da comunidade nacional e internacional destacaram que práticas como compartilhamento de conta, comportamento abusivo e ameaças explícitas vinham sendo alvo de medidas mais rígidas por parte da empresa. Muitos usuários consideraram o caso um marco na aplicação das atualizações dos Termos de Serviço da Riot.

E você? O que acha do banimento do streamer? Deixe sua opinião nas redes sociais do Voxel!