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29 de outubro de 2025

Joias do Louvre continuam desaparecidas 10 dias após roubo, diz procuradora

Joias do Louvre continuam desaparecidas 10 dias após roubo, diz procuradora

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PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – As joias roubadas do Louvre no último dia 19 ainda não foram encontradas, confirmou nesta quarta (29) a procuradora Laure Beccuau, encarregada do caso.

Ela revelou novos detalhes da investigação, relacionados aos dois acusados que foram presos no último sábado (25). Mas explicou que é preciso manter o sigilo em relação aos outros dois cúmplices que ainda não foram capturados e deu a entender que pode haver outros envolvidos.

“Ainda guardo a esperança de que as joias possam ser encontradas e devolvidas ao Louvre e à nação. Quem comprá-las será culpado de receptação. Ainda está em tempo para restituí-las”, alertou Beccuau. Foram levadas nove joias da coroa francesa, das quais só uma foi recuperada, a coroa da imperatriz Eugênia, abandonada perto do local do crime.

Os dois acusados moram em Aubervilliers, cidade da periferia norte de Paris.

Um deles, argelino, 34, foi preso às 20h de sábado no aeroporto internacional Charles de Gaulle, com uma passagem só de ida para a Argélia. Trabalhou como lixeiro e entregador, mas estava desempregado. Tinha condenações por roubo e infrações de trânsito. Foi pego graças ao DNA colhido em uma das scooters usadas na fuga.

O outro, 39, foi preso perto da própria residência. Trabalhava como motorista de táxi clandestino e tem duas condenações por roubo, em 2008 e 2014. Em um deles, assaltou um caixa eletrônico usando um automóvel para arrombar o equipamento. Deixou traços de DNA em uma das vitrines e em objetos abandonados na fuga, o que permitiu identificá-lo. A procuradora desmentiu a informação, divulgada por alguns veículos franceses, de que ele estaria se preparando para fugir para o Mali.

Os dois, que são os suspeitos que entraram na Galeria de Apolo, continuam presos, enquanto os cúmplices que os ajudaram a subir até a janela do Louvre continuam foragidos. Segundo a procuradora, os detidos admitiram parcialmente os fatos apontados contra eles. Os dossiês judiciais de ambos podem ser consultados pelos advogados, mas os inquéritos relacionados aos fugitivos seguem em sigilo.

Ainda segundo ela, não há indício de cumplicidade dentro do museu.

“Não vou detalhar mais os elementos que conhecemos”, concluiu Beccuau.

Um trabalho “minucioso e monumental” de análise de câmeras de segurança do Louvre e da cidade foi realizado pelos investigadores. Isso permitiu reconstituir o percurso antes do roubo -os quatro marcaram um ponto de encontro e pegaram a camionete com a plataforma usada para invadir o museu e as duas scooters. Deixaram o museu em direção ao leste de Paris e abandonaram as scooters, trocando-as por outro veículo.

Ironicamente, a camionete foi roubada em uma cidade chamada Louvres, com “s”, no dia 10 de outubro. O dono da camionete foi chamado para um suposto serviço de mudança, mas, ao chegar, foi rendido por dois homens.

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Fonte. :. Noticias ao minuto

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