A jornalista Angélica Gomes foi agredida na manhã desta terça-feira (27), enquanto realizava a cobertura de um acidente de trânsito em Cuiabá. O caso ocorreu em uma das avenidas mais movimentadas da capital e chamou a atenção de outros profissionais da imprensa que estavam no local.
Segundo o Boletim de Ocorrência, a confusão começou durante o atendimento no local, quando o aposentado teria se irritado com a presença da jornalista que gravava uma passagem na emissora em que ela atua como repórter policial, na TV Vila Real.
Angélica foi surpreendida por um homem, que seria parente de uma das vítimas envolvidas na colisão. Irritado com a presença da imprensa, ele teria se aproximado da repórter e a agredido com empurrões e ameaças, além de tentar danificar o equipamento de filmagem. Em meio à discussão, ele partiu para a violência e desferiu o soco, surpreendendo não apenas a vítima, mas também os demais presentes.
Colegas de profissão que estavam no local do acidente, intervieram rapidamente e conseguiram conter a situação até a chegada da Polícia Militar.
O agressor foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. A jornalista recebeu atendimento médico e passa bem, mas relatou ter ficado abalada com o episódio.
A vítima ficou com marcas visíveis no rosto e precisou de atendimento médico. Em entrevista, ela disse estar abalada com a situação e exigiu providências. “Nunca imaginei ser agredida dentro de uma unidade policial, por alguém que deveria dar exemplo. Quero justiça para que outros não passem pelo que passei”, afirmou.
Angélica Gomes afirmou que seguirá com seu trabalho, mas ressaltou a necessidade de respeito à atividade jornalística. “Estamos nas ruas para informar, não para sermos alvos de violência. É preciso que a população compreenda a importância da imprensa em situações como essa”, disse a repórter.
Diante dos fatos, o homem foi contido por policiais militares que atendiam a ocorrência e encaminhado para a Central de Flagrantes do CISC Verdão, onde permanece à disposição da Justiça.
O agressor foi submetido a teste do bafômetro e o resutado deu negativo. No entanto, segundo a repórter o homem estava bastante alterado e com alguns ‘tiques’, diante disso ela afirmou que vai solicitar exame toxicólogico contra ele.
A Polícia Militar explicou que por se tratar de um policial reformado, o caso será investigado criminalmente.
A Polícia Militar e a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso informaram que o caso será apurado pela Corregedoria, já que envolve um policial aposentado. O agressor poderá responder por lesão corporal e ameaça, além de ser responsabilizado administrativamente, caso confirmada a conduta.
O caso será investigado pela Polícia Civil. Já o agressor poderá responder por lesão corporal e ameaça, além de ser responsabilizado administrativamente, caso confirmada a conduta.
O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso repudiou a agressão em nota oficial, destacando que ataques contra profissionais da imprensa representam uma grave violação à liberdade de expressão e ao direito da sociedade à informação. A entidade cobrou providências das autoridades para garantir a segurança dos comunicadores durante o exercício da profissão.
Fonte.: MT MAIS
