11:31 PM
23 de agosto de 2025

Juíza mantém prisão de mulher que se passou pelo desembargador Zuquim para entregar R$ 10 mil no TJ

Juíza mantém prisão de mulher que se passou pelo desembargador Zuquim para entregar R$ 10 mil no TJ

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A  juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Juiz das Garantias, manteve a prisão temporária de Laura Kellys Bezerra da Cruz, investigada por planejar a entrega de R$ 10 mil ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), alegando falsamente que era o desembargador José Zuquim Nogueira.

Laura se entregou espontaneamente na manhã de terça-feira (19), na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, em Cuiabá, onde foi notificada da prisão e iniciou os procedimentos legais cabíveis.

Ela é suspeita de atuar em conjunto com o sargento da Rotam, Eduardo Soares de Moraes, que utilizou o nome e a imagem do desembargador Zuquim Nogueira para contratar um motorista de aplicativo e enviar o dinheiro à sede do Tribunal. O militar já havia sido preso anteriormente ao ser flagrado por câmeras de segurança entregando o pacote contendo o valor solicitado ao motorista.

Na decisão que manteve a prisão de Eduardo, o juiz Marcos Faleiros da Silva justificou que o caso compromete a “credibilidade das instituições públicas, especialmente do Judiciário” e indicou a existência de associação criminosa, da qual Laura também seria integrante.

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Após sua entrega, Laura foi comunicada da prisão e inserida nos trâmites judiciais necessários.

Laura é apontada pela Polícia Civil como ex-esposa do cabo da PM Jackson Pereira Barbosa, já preso por suspeita de envolvimento na morte do advogado Renato Nery, em julho de 2024. O sargento Eduardo teria se envolvido também em função de sua proximidade com Jackson.

De acordo com o próprio desembargador, um motorista de aplicativo foi contratado para buscar um pacote com o militar, que o aguardava no estacionamento externo do Fórum, dentro de um Toyota Corolla prata. Ele estava acompanhado de uma mulher, supostamente Laura.

Conforme o motorista de aplicativo, a orientação teria partido de um contato identificado no celular como “José Zuquim”. Desconfiado do conteúdo, ele acionou a segurança do TJ antes de entregar o envelope.

Na presença de policiais militares, constatou-se que o pacote continha R$ 10 mil em espécie. O motivo da entrega do dinheiro ainda é investigado.

Em posse das informações, a coordenadoria militar do Poder Judiciário analisou as imagens da câmera de segurança e identificou que o suspeito se tratava de um policial, que foi preso na ocasião.

O desembargador José Zuquim declarou estar “estarrecido” ao ter seu nome e imagem usados na farsa e requereu rigor nas investigações. O caso segue sendo apurado pelas autoridades competentes, com possível denúncia por falsidade ideológica, associação criminosa e uso de documento falso.

O processo tramita sob sigilo e mais informações sobre o caso não foram repassadas.





Fonte.: MT MAIS

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