10:13 PM
31 de julho de 2025

Justiça determina afastamento de PMs envolvidos em morte de policial civil

Justiça determina afastamento de PMs envolvidos em morte de policial civil

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça determinou o afastamento dos PMs da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) envolvidos na ação que terminou com a morte do policial civil Rafael Moura da Silva, 38. O investigador foi atingido durante uma ação em uma favela na zona sul de São Paulo e morreu na última quarta-feira (16), após cinco dias internado no Hospital das Clínicas.

Marcus Augusto Mendes, autor dos disparos, e Robson Barreto foram indiciados sob suspeita de homicídio. Segundo a defesa, a decisão foi recebida com tranquilidade porque ambos já haviam sido afastados antes pela Polícia Militar.

Na decisão, a juíza Isabel Begalli Rodriguez pede o afastamento dos dois policiais por 90 dias e leva em consideração outra ocorrência, de 7 de junho, também na favela do Fogaréu, no Capão Redondo, que terminou com a morte de um homem.

Segundo o boletim de ocorrência, Mendes e Barreto estavam em patrulhamento e teriam ido verificar um local conhecido como ponto de tráfico de drogas. Lá encontraram quatro homens, que saíram correndo. A descrição indica que um deles entrou em uma casa, sendo perseguido pelos policiais. Ele estaria com um uma arma de fogo na mão, “obrigando os militares a efetuarem disparos”. O homem foi levado para o pronto-socorro do Hospital do Campo Limpo e não sobreviveu.

Já no contexto da ação que terminou com a morte de Rafael, a magistrada considera que, apesar de não ter atirado, Barreto esteve envolvido em ocorrência com abordagem semelhante e que resultou em morte, o que revelaria “padrão de conduta temerária que pode colocar em risco a segurança da população.”

O CASO DA MORTE DE RAFAEL

Rafael Moura era agente de telecomunicações policial e atuava na Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco). No dia em que foi alvejado, 11 de julho, ele estava na favela do Fogaréu, local em que equipes da Polícia Militar também estavam.

Imagens da câmera corporal de Marcus Mendes mostram o sargento circulando a pé pela favela, até virar uma esquina e ver Rafael. É neste momento, aos 16 segundos da gravação, que ele dispara quatro vezes.

Após os dois primeiros tiros, Rafael grita “é polícia, é polícia”, e são ouvidos mais dois disparos. Depois disso, Marcus diz “é polícia” e diz ao PM Robson Barreto, que o acompanhava, para acionar o resgate.

Marcus faz o mesmo pedido aos policiais civis que estavam com Rafael na favela. Ele foi atingido no tórax, e outro agente, de raspão.

Em seguida, os policiais militares prestam os primeiros-socorros a Rafael, e um dos agentes da Polícia Civil pergunta se a câmera estava gravando.

“Embora o resultado seja triste, a tomada de decisão em atirar foi legítima, tanto que os policiais não foram presos em flagrante delito”, afirmou a defesa dos policiais da Rota na ocasião.



Fonte. .Noticias ao Minuto

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