O empresário Roberto Justus e a esposa Ana Paula Siebert se manifestaram publicamente após o episódio no qual o professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcos Dantas Loureiro, sugeriu o uso de uma “guilhotina” contra sua família. Em um vídeo divulgado no domingo (6), Justus criticou o que definiu como uma estratégia de exploração da velha narrativa de “luta de classes”.

“Quem dá emprego é o empresário. Eu não sou a favor de uma postura baseada em luta de classes”, afirmou Justus no vídeo. O empresário destacou sua trajetória de mais de cinco décadas gerando empregos e pagando impostos, afirmando que o discurso que o pinta como vilão social está equivocando o debate político e econômico. 

Ainda no vídeo, Justus observou que o episódio extrapola as discussões sobre desigualdade e adentra o campo da incitação e do ódio. Ele classificou a situação como “crime” e repudiável. 

A esposa do empresário, Ana Paula Siebert, reforçou que incitar violência nas redes sociais, especialmente contra uma criança, é inaceitável. A repercussão também se estendeu a perfis de parlamentares e influenciadores, que expressaram solidariedade ao casal e pediram providências legais. Até a manhã desta segunda-feira (7), a publicação já reunia mais de 76 mil comentários e 8 milhões de visualizações.

Ana Paula já anunciou que irá processar não apenas Marcos Dantas, mas também outras pessoas que tenham incentivado ou replicado o discurso violento nas redes sociais.

Entenda o caso que envolve a família de Justus

A família de Roberto Justus foi alvo de militantes de esquerda na rede social X, no sábado (5). A modelo e advogada Ana Paula Siebert, esposa de Justus, publicou uma foto com o marido e a filha em seu Instagram. Na imagem, a criança aparece segurando uma bolsa de grife. Pouco depois, militantes de esquerda começaram a atacar a família e a menina, de apenas 5 anos. 

O professor aposentado do UFRJ, Marcos Dantas reagiu a uma publicação que compartilhada a imagem da família em que a filha de Justus aparece com uma bolsa de designer de cerca de R$ 14 mil, publicando a frase “Só guilhotina…” no X. 

O professor foi secretário em ministérios durante o primeiro governo Lula, entre 2003 e 2005, e, embora aposentado, permanece vinculado à UFRJ. A Universidade Federal do Rio de Janeiro divulgou nota destacando que as opiniões expressas são pessoais, sem respaldo institucional, e repudiou qualquer incitação à violência.