Apesar do nome, a Lagoa Misteriosa está longe de ser um segredo: referência em espeleomergulho, nome dado à modalidade que é feita em cavernas ou grutas, essa atração ajudou a colocar Jardim – a 45km de Bonito e a 240km de Campo Grande – no mapa do ecoturismo no Mato Grosso do Sul. Com água turquesa cristalina e visibilidade de até 40 metros, é um lugar ideal para mergulhos profundos com cenário submersos que beiram o surrealismo.
O motivo original do “mistério” trazido no nome, ao que consta, vem da profundidade ainda desconhecida da lagoa. Esta que é uma das cavernas inundadas mais profundas do Brasil, tendo sido desbravada até os 220 metros de profundidade, mas até hoje não se sabe onde exatamente está o seu ponto mais baixo.
Mas mesmo quem não pretende entrar na água tem como aproveitar a beleza da região, já que, além dessas atividades, a Lagoa Misteriosa ainda tem trilhas, um mirante e uma opção para mergulhar nas águas cristalinas sem ter experiência com mergulho com cilindro. E, próximo ao local, ainda há um parque natural para nadar com cardumes e observar a natureza acima da água.

Atrativos da lagoa
Começando por quem não mergulha: as opções de trilhas e flutuações na própria linha da água são atrações para quem quer aproveitar a lagoa mesmo sem desbravar suas profundezas. O local é cercado por mata densa e fechada que também é uma Reserva Particular de Patrimônio Natural.
No percurso de 1,1 km, é possível passar pela vegetação que circunda o ponto turístico até o mirante, de onde é possível ver a lagoa de cima. Após isso, o visitante se dirige ao deque e pode realizar a flutuação: lá, recebe snorkel, máscara e colete.
Para fazer mais do que olhar as águas e efetivamente mergulhar na Lagoa, é recomendado que a pessoa saiba nadar, além de dominar o uso de máscara de mergulho e snorkel. Já nos casos em que for realizado o mergulho livre (free diving), o limite proposto é de 3 metros, ainda que a lagoa vá muito além disso.
Outra opção para quem quer se aventurar dentro das formações rochosas é realizar o mergulho com cilindro. Este é dividido em quatro categorias, sendo que só a primeira é destinada para quem não possui certificação de mergulho, o chamado batismo. São oito metros de profundidade e descem no máximo dois visitantes por instrutor.

Por outro lado, para quem tem certificações de mergulho – chamada Open Water Scuba Driver –, existe a possibilidade de ir até a profundidade de 30 metros.
Deve-se ressaltar que, por se tratar de uma atividade de mergulho, há uma série de regras de segurança que devem ser seguidas durante o passeio de trilha e flutuação. Para tirar fotos embaixo d’água, é obrigatório o uso de uma capa estanque com alça presa no pulso, seja com celular ou câmera.
As regras incluem a proibição da ingestão de bebidas alcoólicas, consumo de cigarros e lanches, tanto na trilha quanto na lagoa. Protetores solares e repelentes também não são permitidos. Informações adicionais são oferecidas pelos guias no próprio local.
Quando visitar e como chegar
A Lagoa Misteriosa não está disponível para visitas o ano inteiro. No período de outubro a abril, as atividades costumam ser suspensas devido à proliferação de algas, o que aumenta a turbidez da água e prejudica a visualização embaixo d’água.
O embargo ocorre quando as temperaturas alcançam os 26°C, mas também pode ser afetada pelos nutrientes na água. Contudo, já aconteceu de entrar uma frente fria no período de embargo e a água voltar ao nível de transparência que é de praxe, mas não há como prever. Entre maio e setembro é mais garantido que você encontre a lagoa em sua operação normal.

Visitando também o Recanto Ecológico Rio da Prata
Uma opção é fazer a dobradinha Lagoa Misteriosa e o Recanto Ecológico Rio da Prata. Os dois atrativos são vizinhos e fazem parte da mesma fazenda.
Também com passeios de trilha e flutuação, lá a água é igualmente cristalina e permite nadar em meio aos cardumes – trata-se da flutuação mais longa de Bonito. Além disso, é possível andar a cavalo e se dedicar à observação de aves – no local há 234 espécies para observação, então, se for incluir também o Rio da Prata na viagem, vale levar câmera e binóculo. E não menos importante: o almoço está incluído no valor do ingresso e é um verdadeiro banquete servido no fogão a lenha – deixe um bom espaço para o doce de leite divino que é servido num tacho.
Newsletter
Aqui você vai encontrar dicas de roteiros, destinos e tudo o que você precisa saber antes de viajar, além das últimas novidades do mundo do turismo. Inscreva-se aqui para receber a nossa newsletter
Cadastro efetuado com sucesso!
Você receberá nossas newsletters em breve!
Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp
Compartilhe essa matéria via:
Fonte.:Viagen