A Pirelli retornou à pista de Mugello nesta sexta-feira para concluir mais uma sessão de testes para os pneus de 2026 da Fórmula 1. Mas o objetivo principal, dos compostos duros, não foi atingido, com a precipitação forte na pista da Toscana levando os técnicos da marca italiana a focarem nos modelos intermediário quanto os de chuva extrema.

O cenário foi o mesmo da quinta-feira, quando Esteban Ocon e Oliver Bearman, dupla titular da Haas, tiveram sua sessão atrapalhada pela chuva.

Pela equipe de Maranello, primeiro Charles Leclerc e depois Guanyu Zhou foram para a pista. Vale lembrar que Lewis Hamilton estava escalado para participar, mas desistiu para ficar junto de seu cachorro Roscoe, que está internado em estado grave.

O programa do dia incluiu testes comparativos entre várias opções dos compostos mais duros da linha, mas a chuva, que caiu de forma intermitente, mas também com intensidade considerável, reduziu consideravelmente o tempo disponível para o uso de pneus slicks. A Pirelli, no entanto, não desperdiçou o tempo disponível, fazendo vários stints com os pneus intermediários e também um com os pneus totalmente molhados.

Na parte da manhã, Leclerc só conseguiu completar 25 voltas, todas com pneus intermediários, com o tempo mais rápido de 01min34s914. À tarde, Zhou deu voltas com intermediários e de chuva pesada antes de encerrar com algumas corridas com slicks: o chinês completou 75 voltas, com o tempo mais rápido de 01min22s012.

“Infelizmente, as condições climáticas não nos ajudaram”, comentou Mario Isola, diretor da Pirelli Motorsport. “É uma pena, porque Mugello não é apenas um circuito fascinante, mas também muito exigente para os pneus, e teria nos ajudado a conseguir rodar de forma consistente com os compostos mais duros”.

“Agora teremos que terminar o trabalho de análise dos poucos dados coletados nesses dois dias e cruzá-los com os das sessões anteriores para tirar as conclusões necessárias, enquanto que para os compostos mais macios ainda temos os dois dias de testes após o GP da Cidade do México para definir as versões a serem homologadas”.

“Se quisermos realmente encontrar um aspecto positivo, podemos dizer que pelo menos pudemos testar os pneus de chuva em uma pista real, coletando dados e indicações úteis para o desenvolvimento a médio e longo prazo. Por fim, gostaria de agradecer à Haas e à Scuderia Ferrari por sua cooperação durante esses dois dias de testes”.

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