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25 de novembro de 2025

Lei sobre a Bíblia no Senado: entenda a polêmica

Lei sobre a Bíblia no Senado: entenda a polêmica

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Um projeto de lei para proibir alterações na Bíblia, já aprovado na Câmara, encontra forte resistência no Senado. Religiosos e juristas se opõem à medida, que consideram inconstitucional e uma ameaça à liberdade de crença, por dar ao Estado o poder de tutelar um livro sagrado.

O que exatamente a proposta determina?

O texto veda qualquer tipo de alteração, edição ou adição aos textos da Bíblia Sagrada, tanto na sua versão católica, com 73 livros, quanto na protestante, com 66. A intenção do autor, o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA), é “tombar” o livro como patrimônio, impedindo que seu conteúdo seja modificado.

Por que o projeto é visto como inconstitucional?

Especialistas apontam que a lei fere dois pilares da Constituição: a liberdade de religião e a proibição de o Estado interferir no funcionamento das igrejas. Ao tentar proteger o texto, o governo assumiria o papel de “guardião teológico”, o que viola o princípio do Estado laico e a autonomia das instituições religiosas para interpretar e traduzir seus próprios textos sagrados.

Quais seriam os problemas práticos se a lei fosse aprovada?

Surgiriam dificuldades imediatas, como a definição de qual versão em português seria considerada a “original” e imutável. Além disso, a lei poderia impedir a criação de novas traduções para povos indígenas e a realização de atualizações linguísticas, que são importantes para tornar o texto bíblico mais compreensível para as novas gerações de fiéis.

Se a lei protege a Bíblia, por que os próprios religiosos são contra?

Líderes de diversas denominações, sejam católicas ou evangélicas, temem que o Estado passe a ter controle sobre questões de fé. Em audiência no Senado, eles argumentaram que a proposta transferiria a autoridade sobre o texto sagrado para o Congresso. Segundo eles, isso transformaria a “Palavra de Deus” em “palavra do Congresso”, prejudicando o diálogo entre as diferentes religiões.

O que motivou a criação de um projeto tão polêmico?

A preocupação por trás da proposta é evitar a deturpação da Bíblia por interesses ideológicos. Existem exemplos históricos, como a “Bíblia de Jefferson”, que removeu milagres, e a “Bíblia Queen James”, que alterou trechos para eliminar interpretações vistas como homofóbicas. O projeto é uma tentativa de impedir que traduções sejam usadas como propaganda, embora a solução apresentada seja considerada inadequada.

Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.

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Fonte. Gazeta do Povo

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