10:16 PM
25 de junho de 2025

Lula defende Haddad em meio à disputa com Câmara sobre IOF

Lula defende Haddad em meio à disputa com Câmara sobre IOF

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LUCAS BORGES TEIXEIRA
BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) voltou a defender o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no dia em que a Câmara dos Deputados colocou para votação do projeto que revoga o aumento do IOF e pegou o governo de surpresa.

“Vocês sabem da seriedade com que o Haddad trata a economia”, afirmou o presidente em evento nesta tarde. Lula não citou o pacote em tramitação, mas a decisão de o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), em pautar o PDL (Projeto de Decreto Legislativo) sobre a taxação irritou o governo nesta manhã.

Lula fez um apelo voltado aos empresários presentes nesta quarta-feira (25). “A gente tem uma hora que a gente tem que deixar os nossos interesses individuais de lado e pensar um pouco neste país”, disse, durante o anúncio do aumento da quantidade de bicombustível na gasolina e no diesel.

O recado também foi voltado ao setor financeiro. “Nossa carga tributária é menor do que em 2011. Mesmo assim, eu estou cansado de ver empresário falar da carga tributária. Só não fala dos R$ 860 bilhões fiscais de desoneração”, afirmou o presidente.

Após o anúncio de Motta, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou as lideranças da base. Ela reuniu Haddad, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e os parlamentares Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, e Antônio Brito (PSD-BA), líder do PSD na Câmara.

Haddad se pronunciou nas redes sociais. Ele argumentou que o decreto “corrige uma injustiça: combate a evasão de impostos dos mais ricos para equilibrar as contas públicas e garantir os direitos sociais dos trabalhadores”.

A Fazenda e a Câmara não estão conseguindo entrar em consenso sobre o tema. No início do mês, o ministro lembrou que o Congresso não votou outras medidas enviadas pelo governo, como a reforma da aposentadoria dos militares e o projeto que combate supersalários.

No evento, Lula adotou o morde e assopra. “É importante a gente saber que a gente precisa cuidar desse país. Não é jogar a responsabilidade no Congresso Nacional ou jogar no Presidente da República, é jogar em nós. Antes de eu perguntar o que o Lula fez, eu tenho que perguntar o que eu estou fazendo”, disse o presidente.
O acordo era esperar o governo enviar a proposta de corte de benefícios fiscais. Com isso, a votação do projeto deveria ocorrer em 8 de julho. Isso porque, na próxima semana, Motta deve estar na 13ª edição do Fórum Lisboa, evento que tem entre os organizadores um instituto do qual o ministro do STF Gilmar Mendes é sócio.



Fonte Noticias ao Minuto

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