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De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a conversa foi “positiva”.
Passaram-se mais de dez dias desde que Trump mencionou em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) a possibilidade de um encontro com Lula.
Na ocasião, o republicano disse que um encontro poderia acontecer na “semana que vem”, prazo que terminou no sábado (4/6).
Naquele dia, em 23 de setembro, Trump contou que havia interagido com Lula por alguns breves segundos nos bastidores da assembleia, em Nova York.
O americano, que discursou logo após o brasileiro, disse diante do plenário da ONU que ambos tiveram uma “química excelente”, trocaram um abraço e combinaram o encontro.
Essa reunião formal entre Lula e Trump foi a primeira depois da escalada da tensão entre os dois países desencadeada pela tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciado pelo americano no início de julho.
A conversa representa uma oportunidade de destravar negociações.
Há meses, o governo americano vem impondo tarifas comerciais e outras medidas contra o Brasil em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro — que é aliado ideológico de Trump e foi condenado em setembro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por golpe de Estado após perder a eleição de 2022.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro, mudou-se para os Estados Unidos neste ano e desde então tem se empenhado em articulações junto à Casa Branca por sanções ao Brasil, tentando pressionar pela absolvição e anistia do pai.
As sanções mais recentes foram anunciadas pelos EUA apenas um dia antes do aceno de Trump na ONU: Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro do STF Alexandre de Moraes, e a empresa LEX – Instituto de Estudos Jurídicos, que pertence à família do magistrado, foram submetidas à Lei Magnitsky, que pune estrangeiros considerados pelo governo americano como autores de graves violações de direitos humanos e práticas de corrupção.
Desde o início, Trump deixou claro que as medidas contra o Brasil tinham natureza política e se referiu diversas vezes ao julgamento de Bolsonaro como uma “caça às bruxas”.
Esta reportagem está em atualização. Mais detalhes em breve.
Fonte.:BBC NEWS BRASIL