A megaoperação “Contenção”, realizada nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro, deixou mais de 60 mortos e paralisou diversas regiões do Rio de Janeiro. A ação, que mira retaliar o Comando Vermelho (CV), causou um impacto direto na rotina dos cariocas, especialmente no fim da tarde, quando o Centro da cidade ficou praticamente deserto.
Entre os policiais mortos está o delegado Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, 51 anos, conhecido como Máskara, chefe da 53ª Delegacia de Polícia (Mesquita). Ele foi atingido por disparos enquanto participava da operação. Outro agente civil morto é Rodrigo Velloso Cabral, 34 anos, da 39ª DP (Pavuna). Os nomes dos dois policiais militares ainda não foram divulgados.
Em entrevista coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, o governador Cláudio Castro afirmou que a ação “foi planejada para ocorrer em áreas de mata, distantes das residências”, com o objetivo de reduzir riscos para a população. “Essa é a maior operação já feita no Rio de Janeiro. Nosso foco é conter o avanço do Comando Vermelho e prender as principais lideranças do tráfico”, declarou Castro.
Participaram da coletiva o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos, e o comandante-geral da PM, coronel Marcelo de Menezes.
Durante a entrevista, Felipe Curi foi informado da prisão de Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, apontado como braço direito de Edgard Alves de Andrade, o Doca, uma das principais lideranças do Comando Vermelho no Rio de Janeiro.
Belão é acusado de comandar o tráfico no Morro do Quitungo, na Penha, e de participar de esquemas de tráfico de drogas, comércio de armas e confrontos com facções rivais.
A operação foi deflagrada para cumprir 51 mandados de prisão contra traficantes atuantes no Complexo da Penha. A ação contou com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Core e do Bope.
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) denunciou 67 pessoas por associação para o tráfico, sendo que três delas também respondem por tortura.
De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o Complexo da Penha é considerado uma base estratégica do projeto de expansão territorial do CV, por sua proximidade a vias expressas que facilitam o transporte de drogas e arma
O principal alvo é Edgard Alves de Andrade (Doca), apontado como líder do CV no Complexo da Penha e em comunidades da zona oeste, como Gardênia Azul, César Maia e Juramento, áreas que recentemente passaram a ser disputadas por milícias.
Outros nomes de destaque na hierarquia da facção são Pedro Paulo Guedes (Pedro Bala), Carlos Costa Neves (Gadernal) e Washington Cesar Braga da Silva (Grandão). Segundo a denúncia, eles comandam a logística do tráfico, controlam o comércio de drogas e ordenam execuções de rivais e desafetos.
Além das lideranças, 15 gerentes do tráfico e dezenas de “soldados” também foram denunciados por atuarem na contabilidade, distribuição de entorpecentes e segurança armada das bocas de fumo.
Os mandados foram expedidos pela 42ª Vara Criminal da Capital.
Fonte.: MT MAIS 
 
				

 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								 
								