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7 de outubro de 2025

Masturbação faz mal à saúde? Entenda a ciência do autoprazer

Masturbação faz mal à saúde? Entenda a ciência do autoprazer

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A masturbação é um dos primeiros atos de despertar da sexualidade. Na puberdade, quando os hormônios afloram, os desejos surgem e o corpo começa a mudar, a descoberta do prazer sexual costuma vir acompanhada da vontade de buscá-lo.

Tão antigas quanto a própria masturbação, porém, são as histórias dos supostos malefícios que ela pode trazer à saúde para ambos os sexos.

Um dos mitos mais persistentes ao longo dos séculos é a de que o excesso de “autoprazer” poderia levar à cegueira ou a mãos peludas. Hoje, é claro, sabemos que não há qualquer evidência factual nesses temores. Pelo contrário: cada vez mais, a ciência encontra uma série de benefícios fisiológicos e psíquicos relacionados à masturbação.

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Só que, neste caso, é bom cuidar para não levar o pêndulo demais para o outro lado: o excesso não vai fazer sua visão desaparecer, mas também pode ser danoso de outras formas.

Entenda melhor o que a ciência diz atualmente sobre a masturbação, seus benefícios e os perigos para quem exagera na dose.

Afinal, a masturbação pode fazer mal à saúde?

Por si mesma, a masturbação não é associada diretamente a problemas de saúde. Ela obviamente não causa cegueira nem mãos peludas, mas também não tem uma relação causal comprovada com questões mais sérias e modernas como redução da libido, disfunção erétil ou infertilidade.

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Efeitos negativos associados à masturbação, porém, podem ocorrer quando ela se torna compulsiva. Neste caso, não é o ato em si que leva aos problemas, mas a dependência psicológica em torno dele, que pode vir associada, por exemplo, a questões como um vício em pornografia.

Pessoas com essa relação pouco saudável com o autoprazer podem vir a desenvolver problemas de intimidade com parceiros reais, com uma dificuldade de se excitar em situações que não correspondam às expectativas criadas diante da pornografia.

Isso, por sua vez, pode levar a consequências como disfunção erétil em homens ou falta de lubrificação adequada em mulheres, por exemplo, bem como uma dificuldade de chegar ao orgasmo – ou, ao contrário, conviver com a ejaculação precoce.

A compulsão pela masturbação também pode levar a decisões pouco sábias que podem provocar lesões físicas, como a inserção de objetos inadequados no corpo ou do próprio pênis em orifícios pouco recomendados para o ato.

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Além disso, se você foi criado em um ambiente muito restritivo em torno da masturbação, por questões religiosas, culturais ou simplesmente pela falta de privacidade suficiente para executá-la, também é possível desenvolver uma relação psicológica negativa com o ato, com momentos de ansiedade ou sentimento de culpa diante dos desejos ou após se masturbar.

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Como identificar se a masturbação se tornou perigosa?

Não existe uma frequência considerada normal para a masturbação que seja indicada para todas as pessoas. O nível “saudável” pode variar de acordo com fatores individuais, culturais e até de saúde física e mental.

Ou seja, mais do que focar no número de vezes que você se masturba na semana, por exemplo, o mais importante é entender se o autoprazer está gerando consequências no seu dia a dia. Fique atento a sinais como:

  • A vontade de se masturbar está afetando suas atividades cotidianas;
  • Você sente que não está conseguindo se excitar em momentos íntimos com pessoas reais;
  • Seu desejo sexual só aflora diante de vídeos e imagens pornográficos;
  • Você até consegue manter relações sexuais, mas passou a enfrentar dificuldades relacionadas ao clímax, seja por atingi-lo rápido demais ou por desenvolver anorgasmia.
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Diante dessas situações, é fundamental buscar orientação psicológica, preferencialmente com um profissional especializado em sexo e sexualidade. Sintomas físicos que surjam como consequência da compulsão na masturbação podem exigir aconselhamento com médico urologista ou ginecologista, conforme o caso.

A masturbação também traz benefícios

Quando sua relação com a masturbação ocorre de forma saudável, sem afetar sua vida sexual ou o dia a dia, ela pode trazer uma série de benefícios para o corpo e a mente. O orgasmo libera hormônios associados ao bem-estar e à redução do estresse e de dores, como a dopamina, a ocitocina e endorfinas.

O ato em si também pode levar a um melhor autoconhecimento do próprio corpo e das suas preferências sexuais, o que pode ter um efeito positivo diante de relações reais, ao entender o que funciona (e não funciona) para ter momentos melhores com seus parceiros.

No caso da masturbação masculina, ela também poderia estar associada a uma redução no risco de desenvolver câncer de próstata. Nesse caso, o segredo não seria apenas a masturbação, mas a ejaculação propriamente dita, que pode vir do autoprazer ou do sexo mesmo.

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Um famoso estudo que vem acompanhando quase 32 mil homens desde 1992 tem demonstrado uma correlação entre uma maior frequência ejaculatória ao longo da vida e uma menor chance de receber diagnóstico de câncer na glândula.



Fonte.:Saúde Abril

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