O GP da Itália terminou com uma vitória de Verstappen e trouxe uma nova polêmica sobre ordem de equipes. Mas o que mais foi mostrado na corrida em Monza deste domingo? Confira a seguir cinco destaques do GP da Itália:
Verstappen: Do “monstro” de Monza à vitória no estilo de 2023
Depois que Max Verstappen chamou o carro da Red Bull de “monstro” em Monza no ano passado, poucos tinham grandes esperanças para a Red Bull no Grande Prêmio da Itália deste ano. Mas desde a primeira sessão de treinos, a realidade foi diferente. Quando Helmut Marko disse, na sexta-feira, atrás das garagens, que Verstappen poderia lutar pela vitória, muitos no paddock não acreditaram. Será que ele não estava otimista demais?
A resposta final foi claramente não. Marko acabou acertando em cheio. Verstappen conquistou a pole position de forma impressionante no sábado, com o detalhe notável que ele teve um papel decisivo na configuração do carro. Vários membros da equipe, incluindo o diretor técnico Pierre Waché, preferiam usar um pouco mais de asa e, portanto, mais downforce, mas Verstappen discordou.
O ritmo da corrida continuou sendo uma grande dúvida para o holandês: “Já aconteceu antes de a sexta-feira parecer boa, mas depois fomos destruídos no domingo.” Mas nada disso se materializou em Monza. Verstappen foi aplaudido no centro de mídia por sua manobra ousada em torno da parte externa de Lando Norris e continuou a dominar. Este domingo foi uma reminiscência de seus melhores dias na temporada de 2023. De um “monstro” a uma vitória dominante na mesma pista – que diferença 12 meses podem fazer.
– Ronald Vording
A McLaren precisa fazer um bom trabalho de equipe
Como em Monza no ano passado, mais uma vez a McLaren tem algo a falar após a corrida sobre como gerenciar a batalha entre seus pilotos.

Lando Norris, McLaren, Oscar Piastri, McLaren, Max Verstappen, Red Bull Racing
Foto de: Andy Hone/ LAT Images via Getty Images
Foi justo devolver a Lando o lugar que ele perdeu por causa do pit stop lento da McLaren? Provavelmente sim. Mas foi algo que está de acordo com as “regras papaia” – mas a mensagem de Piastri dá a entender que não é bem assim.
Isso certamente provocará algum debate. Ao terminar em P2 em Monza, Lando Norris reduziu a diferença no campeonato diminuindo três pontos (foi de 34 para 31 pontos). Não é muito, mas ainda é algo.
– Oleg Karpov
Bortoleto, cada vez mais à vontade nos pontos da F1
Gabriel Bortoleto conhece bem Monza. Afinal de contas, ele venceu aqui no ano passado na Fórmula 2, saindo do último lugar no grid. Desta vez, o brasileiro teve outro fim de semana forte e sólido em sua temporada de estreia com a Sauber em solo italiano.
Bortoleto igualou sua melhor posição de largada do ano ao se classificar em sétimo no sábado, superando seu companheiro de equipe Nico Hülkenberg pela sexta vez consecutiva (ele agora lidera por 10 a 6 nesta temporada). No domingo, ele fez uma corrida equilibrada para terminar em oitavo lugar em um dia em que o outro carro nem conseguiu largar devido a uma falha técnica.
Essa foi a quarta vez nas últimas seis corridas que Bortoleto pontua, confirmando sua impressionante primeira temporada na F1. Sim, Isack Hadjar acabou de ganhar um pódio [no GP da Holanda], mas o brasileiro também está tendo um bom desempenho na batalha pelo título não oficial de Estreante do Ano.
– Federico Faturos
Tsunoda não está fazendo o suficiente para garantir seu futuro na Red Bull
As coisas não estão indo bem para Yuki Tsunoda. O tempo está passando – e corridas como esta talvez não façam Helmut Marko e Laurent Mekies esperarem muito tempo antes de tomarem uma decisão sobre a formação de 2026. O piloto japonês sonhava com essa chance, mas agora parece que talvez tenha sido melhor ficar na Racing Bulls este ano. A mudança para a Red Bull não trouxe nada do que ele esperava. Esqueça os pódios – até mesmo os pontos estão sendo difíceis de conseguir.

Yuki Tsunoda, Equipe Red Bull Racing
Foto de: Clive Rose / Getty Images
Enquanto isso, Max Verstappen continua a surpreender. Seu fim de semana em Monza foi mais uma vez impressionante – e embora Tsunoda possa dizer novamente que não tinha as mesmas especificações, isso certamente não explica a diferença de desempenho.
– Oleg Karpov
As corridas tradicionais precisam de um pouco de ajuda
Todos nós adoramos os circuitos tradicionais permanentes, não é mesmo? Mas uma corrida no seco em Spa costuma ser um fracasso, e este GP da Itália também não foi emocionante. Depois de três voltas cintilantes, a rápida corrida de Monza logo se transformou em uma procissão, com pneus médios que poderiam facilmente ter durado toda a distância e, portanto, impedido qualquer tipo de jogo estratégico.
Será que a Pirelli deveria ter considerado levar pneus ainda mais macios para sua corrida em casa? As zonas de DRS deveriam ter sido um pouco mais longas? Ou será que esta geração de carros se tornou muito pesada em termos de downforce, apesar das regras de efeito de solo, para proporcionar uma corrida decente em circuitos de alta velocidade?
Com o chefe da F1, Stefano Domenicali, fazendo barulho sobre mais corridas sprints, grids invertidos e distâncias ainda mais curtas nos GPs, talvez a primeira ordem do dia do esporte deva ser que a base sobre a qual ele está se apoiando seja um espetáculo fascinante. Não faz sentido encurtar as corridas se isso significar ainda menos ação. A melhor maneira de atrair um público mais jovem ainda é uma boa corrida de carros.
– Filip Cleeren
Ouça versão áudio do PODCAST MOTORSPORT.COM:
ACOMPANHE NOSSO PODCAST GRATUITAMENTE:
Faça parte do nosso canal no WhatsApp: clique aqui e se junte a nós no aplicativo!
In this article
Be the first to know and subscribe for real-time news email updates on these topics
Subscribe to news alerts
Fonte. Motorsport – UOL