Em 2009, o cirurgião Marcelo Averbach, do Hospital Sírio-Libanês, embarcou em uma jornada que mudaria sua trajetória: uma expedição médica pelo Rio Tapajós, no Pará, para atender populações ribeirinhas e indígenas.
Um ano depois, ele realizou cirurgias para retirada da vesícula em plena floresta, em uma aldeia da etnia Zoé, sem energia elétrica. A experiência foi tão marcante que inspirou a criação da ONG Zoé, hoje símbolo de inovação e cuidado em saúde.
A iniciativa acaba de ser reconhecida como vencedora da categoria Medicina Social do Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025, que celebra projetos que ampliam o acesso e transformam a saúde no Brasil.
Em menos de seis anos, a Zoé já realizou 35 expedições pelos rios Tapajós e Arapiuns, com mais de 360 voluntários e 720 cirurgias efetuadas. Os atendimentos ocorrem em barcos-hospitais equipados com salas cirúrgicas, áreas de exames e espaços para formação de agentes de saúde. Também há assistência psicológica remota, levando apoio a quem vive em regiões isoladas.
O impacto é expressivo: 15 mil pessoas foram beneficiadas por ações que envolvem dez especialidades médicas, entre elas cardiologia, ginecologia e pediatria.
Além de cuidar de pessoas, a ONG também ajuda a proteger a floresta. Afinal, garantir saúde a quem vive e preserva a Amazônia é também um ato de conservação ambiental.
Confira no vídeo abaixo como a Zoé transforma a medicina social em ferramenta de proteção da vida e da natureza:
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Fonte.:Saúde Abril
