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27 de junho de 2025

Médico desvenda os mistérios do coração das mulheres

Médico desvenda os mistérios do coração das mulheres

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Quando pensamos em infarto, a imagem clássica que vem à mente é a de um homem com a mão no peito, sentindo uma dor forte e irradiando para o braço esquerdo. Essa imagem, popularizada por filmes e pela própria medicina por muito tempo, infelizmente contribuiu para que o infarto em mulheres fosse subestimado e, muitas vezes, não reconhecido a tempo.

A verdade é que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres no mundo todo, superando todos os tipos de câncer juntos. Sim, você leu certo. É um dado alarmante que precisa ser encarado de frente. Por que, então, essa realidade ainda é tão pouco conhecida?

Historicamente, a pesquisa médica focou mais nos homens. Isso significa que muito do que sabemos sobre doenças cardíacas foi descoberto estudando corpos e reações masculinas.

As mulheres eram frequentemente excluídas dos estudos clínicos devido às variações hormonais do ciclo menstrual, que poderiam “complicar” os resultados. Isso gerou uma lacuna enorme no nosso conhecimento sobre como as doenças cardíacas afetam especificamente as mulheres.

+Leia também: Cresce morte por infarto entre mulheres mais jovens, alerta entidade

Sinais que confundem e atrasam o socorro

Aqui está um dos pontos mais críticos e, muitas vezes, o mais perigoso: os sintomas do infarto em mulheres frequentemente não são a dor no peito esmagadora que vemos nos filmes. Eles podem ser mais sutis, vagos e facilmente confundidos com outras condições.

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Enquanto a dor no peito (angina) ainda é o sintoma mais comum para ambos os sexos, as mulheres são mais propensas a sentir outros desconfortos, como:

  • Fadiga incomum;
  • Falta de ar;
  • Náuseas ou dor abdominal;
  • Dor nas costas, pescoço, mandíbula ou braços;
  • Suores frios;
  • Tontura ou vertigem.

O desconhecimento desses sintomas não clássicos contribui diretamente para as piores taxas de sobrevivência em mulheres. E no infarto, cada minuto importa: quanto mais tempo a artéria fica bloqueada, maior o dano ao coração.

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Fatores de risco femininos

Além dos fatores de risco clássicos — colesterol alto, sedentarismo, tabagismo, hipertensão — existem condições que afetam especialmente as mulheres, como:

Esses aspectos precisam ser considerados nas consultas médicas para uma avaliação de risco cardiovascular mais precisa.

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*Rodrigo Almeida Souza é médico, especialista em cardiologia clínica e intervencionista e membro da Brazil Health

(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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Fonte.:Saúde Abril

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