A Pina Luz estava diferente nesta segunda-feira. Em vez de turistas, o hall de entrada do museu, onde está a obra “Yame awa Kawanai”, do coletivo Mahku, estava ocupado por chefs e empresários dos principais restaurantes paulistanos, que compareceram à premiação d’O Melhor de São Paulo 2025.

Na cerimônia, foram revelados os vencedores da 14ª edição do especial da Folha, que elegeu os destaques da cena gastronômica da capital segundo um júri especializado e também por meio de pesquisa Datafolha.

O evento, que teve a apresentação da atriz Claudia Raia e da jornalista Marília Miragaia, editora do Guia Folha + Comida, aconteceu no prédio inaugural da Pinacoteca, projetado no final do século 19 pelo escritório de Ramos de Azevedo e reformado no final da década de 1990 com projeto de Paulo Mendes da Rocha.

O diretor de Redação da Folha, Sérgio Dávila, abriu a noite. “Posso dizer que O Melhor de São Paulo Gastronomia 2025 é mais do que uma premiação. Ele é um retrato vivo da cidade, da sua pluralidade cultural e da sua capacidade de se reinventar”, afirmou.

Na sequência, subiu ao palco Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo. “A Folha de S.Paulo, escolhendo os melhores com um júri bastante eclético e muito firme naquilo que decide, vai trazendo esse tema da gastronomia à luz”, afirmou.

Vencedor de uma das categorias mais esperadas da premiação, a de chef do ano, Ivan Ralston, do restaurante Tuju, reforçou a contribuição econômica do ramo para a capital paulista. “O setor de alimentos e bebidas é o que mais emprega no Brasil. É um setor que merece todo o respeito. Esses prêmios nacionais e da cidade são muito importantes. É um jeito de celebrar a gastronomia”, afirmou o chef, que também levou as categorias de melhor menu-degustação e melhor restaurante pelo júri.

Quatro casas dividiram o troféu de melhor restaurante segundo o Datafolha: A Casa do Porco, Fasano, Terraço Itália e D.O.M. “Estamos indo para dez anos [de história] e essa é a realização de sonhos”, disse o chef Jefferson Rueda, à frente d’A Casa do Porco.

Na pesquisa Datafolha, a categoria de melhor bar teve quatro campeões: Bar Brahma, Bar do Luiz Fernandes, Bar do Juarez e Pirajá. “É muito gratificante ter o reconhecimento do público de São Paulo. Passa um filme pela cabeça. Eu comecei lavando pratos aos 12 anos de idade, fui balconista, chapeiro, garçom e hoje tenho seis bares na cidade”, disse Juarez Alves, dono do Bar do Juarez.

O evento contou com patrocínio da JBS e apoio do iFood. “A alta gastronomia é onde a tradição e todo o nosso investimento em qualidade, em perfeição, se encontram na mesa das pessoas. Então, ver esses novos chefes aparecendo, ou superchefs que estão no mercado há muitos anos sendo reconhecidos, e saber que a gente está nas mesas dos restaurantes deles, é muito gratificante”, disse Marcela Rocha, diretora-executiva da JBS.

Erik Rantin, diretor comercial do iFood, destacou a relevância e a diversidade gastronômica da capital paulista. “São Paulo é uma das praças mais importantes para o iFood em volume de pedidos e em restaurantes que distribuem as mais diversas culinárias. O iFood está ligado a esse contexto e por isso apoiamos esse prêmio tão importante na cidade.”

O Melhor de São Paulo foi encartado na edição de terça-feira do jornal e está disponível em todas as plataformas da Folha. Além dos prêmios, as 268 páginas do especial listam uma seleção de cerca de 900 endereços que merecem a visita do leitor —apresentados de acordo com sua especialidade. Há ainda as marcas favoritas do paulistano que cozinha, elencadas em 49 categorias de produtos, como picanha e pão.