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18 de dezembro de 2025

Milhas: veja como montar a sua estratégia de acúmulo – 17/12/2025 – Turismo

Milhas: veja como montar a sua estratégia de acúmulo – 17/12/2025 – Turismo

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Agora que você já sabe calcular o valor do milheiro e também já entendeu que, para aproveitar as melhores ofertas do mundo das milhas, é preciso muita dedicação e planejamento, é hora de analisar o mercado e desenhar a melhor estratégia.

Fazer isso, entretanto, é como montar um quebra-cabeça. Um bom plano é o que atenda um desejo de viagem real, mas que também seja executável dentro das suas possibilidades financeiras e em um tempo razoável —afinal, as regras dos programas de fidelidade e dos cartões de crédito mudam constantemente.

Primeiro, entenda qual o seu custo de vida e qual parte dele você consegue direcionar para o cartão de crédito —sem se enrolar com a fatura. Quem ganha R$ 7.000, por exemplo, e consegue passar cerca de 60% dos gastos para um cartão de crédito que rende 2 pontos por dólar, deve receber cerca de 1.500 pontos por mês, ou 18 mil por ano.

Parece pouco, mas o cartão de crédito é apenas uma das formas de acumular pontos. Como veremos nos próximos capítulos, é possível maximizar os ganhos com compras bonificadas, com a assinatura de clubes que rendem milhas, ou mesmo comprando milhas direto dos programas.

Nesta etapa, uma dúvida comum é se vale a pena usar o cartão de crédito para pagar boletos de aluguel e parcelas de financiamentos. Em geral, não, porque as taxas atreladas (de 3,8% a 6%) tornam esses acúmulos muito caros. Alguns bancos, como Bradesco, Itaú e Santander até impedem o acúmulo com esse tipo de transação. Por outro lado, muitas contas de consumo podem ser pagas no cartão de crédito sem nenhum custo extra —aí, sim, vale a pena.

Uma vez entendido quantos pontos você consegue gerar, é preciso definir os objetivos de viagem. Faça uma lista com seus destinos-alvo, defina em qual classe você quer viajar (econômica ou executiva?) e se vai também arcar com as passagens de acompanhantes. Quanto mais específicos forem esses objetivos, mais fácil será decidir em qual programa focar os acúmulos. Isso porque cada um deles tem pontos fortes e fracos —para entendê-los, é preciso olhar para o lado dos resgates.

Comece estudando um pouco a malha das empresas aéreas, isto é, para onde cada uma delas voa. Para isso, é possível observar sites como o flightconnections.com e o flightsfrom.com.

Para quem pretende voar dentro do Brasil e da América do Sul, os programas nacionais (Azul Fidelidade, Smiles, da Gol, e Latam Pass) em geral são a melhor pedida —opte por aquele que melhor serve a rota que você almeja ou a que você voa com mais frequência. Já quem planeja ir mais longe deve considerar programas de companhias estrangeiras, como o AAdvantage, da American Airlines, o Iberia Club, da Iberia, ou o Miles&Go, da TAP.

É importante entender os acordos comerciais que existem entre as companhias. Ao embarcar em um avião, você já deve ter ouvido que a Latam é parceira da Delta, ou que a Gol é parceria da American Airlines, entre outros. Isso significa que essas companhias podem vender bilhetes e oferecer benefícios quase como se fossem uma empresa só. É possível checar quem é parceiro de quem nos sites de cada uma delas.

É preciso entender ainda que as passagens oferecidas nesses programas de fidelidade se dividem em dois tipos. Há as tarifas comerciais, cujo valor em milhas equivale ao preço cobrado em reais —ou seja, são apenas uma revenda em milhas, o que não traz economia significativa. E há também as tarifas award (“prêmio”, em inglês), aquelas que realmente valem a pena, mas cuja disponibilidade é bastante limitada.

Com tudo isso na ponta do lápis, agora você pode pesquisar em sites especializados —como Passageiro de Primeira, Melhores Destinos e Pontos para Voar— as melhores emissões promocionais dos últimos meses. Assim, você terá um bom parâmetro da quantidade de milhas necessárias para a sua viagem.

Por fim, tente encaixar todas as peças do quebra-cabeça. Escolha o plano que mais se acomode à sua realidade financeira e comece a acumular milhas no programa correspondente.

Emissões em tabela fixa ajudam a driblar preços altos

Assim como em reais, os valores das passagens em milhas flutuam de acordo com a oferta e a demanda. Mas graças aos acordos comerciais, alguns programas oferecem bilhetes de companhias parceiras por valores pré-fixados —uma ótima opção para quem não tem flexibilidade de datas, mas gostaria de ter alguma previsibilidade de custo.

Clientes do Latam Pass podem, por exemplo, emitir voos do Brasil para a Europa por 80 mil milhas em classe econômica; e clientes do AAdvantage, da American Airlines, emitem qualquer voo da Gol dentro do Brasil por 7.500 milhas. Embora não sejam os mais vantajosos, esses valores ainda são menores as tarifas mais caras



Fonte.:Folha de S.Paulo

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